Na posse como novo presidente, Luiz Carlos Casagrande disse que não gostaria de ter chegado ao cargo com a renúncia de Rubens Bohlen.| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo
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Promessas e discurso humilde marcaram a primeira aparição de Luiz Carlos Casagrande, o Casinha, como presidente do Paraná. “Não é desta forma que gostaria de ter um cargo. É uma honra, mas nunca almejei ou trabalhei com o intuito de ser presidente”, falou, referindo-se à renúncia do mandatário anterior, Rubens Bohlen, na terça-feira (24), alegando ter sido ameaçado.

“Durante 44 anos, trabalhei apenas por um futuro melhor para o Paraná”, completou. Em seguida, durante uma hora de discurso na antessala da presidência, no fim da tarde de sexta-feira (27), na sede social da Av. Kennedy, elencou uma série de promessas para os próximos oito meses, quando encerra o seu mandato-tampão.

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O presidente quer um elenco com 33 jogadores, garantiu a permanência do técnico Luciano Gusso, assim como a necessidade de reforços pontuais e de um teto salarial, confessando que atletas serão chamados para renegociar salários. “Mas não é uma caça às bruxas”, ressalta, prometendo pagar todos os vencimentos em dia.

O primeiro reforço é extracampo: o retorno imediato do Paranistas do Bem e a garantia de aporte financeiro de R$ 400 mil mensais até o fim do ano.

“Um novo Paraná começa a existir a partir de amanhã [hoje]. Temos de retomar o orgulho do torcedor. E só com vitórias e títulos isso acontecerá”, explica Casinha. “Hoje, as crianças sentem vergonha de ir para a escola com a camisa do clube. Precisamos retomar este orgulho perdido”, diz o novo presidente, que esteve ladeado por Aldo Coser, primeiro vice, e pelos presidentes dos três principais conselhos do Paraná: Benedito Barboza, do Consultivo; Rodrigo Vissoto, do Deliberativo; e Thiago Oliveira, do Fiscal.

Entre as atitudes previstas pela nova gestão estão a recuperação da imagem pública da instituição; a contratação de profissionais para o setor administrativo; a montagem de uma comissão para negociar com a prefeitura uma nova arena no Boqueirão; o fim da venda de patrimônios; a apresentação de balanço contábil até 30 de abril; ter um grupo responsável por aumentar a representatividade com a CBF; e, por fim, busca pelo título estadual e pelo acesso no final do ano.

A polêmica renúncia do antecessor foi tratada por Barboza, que garantiu ter partido do próprio cartola, em reunião do Consultivo em agosto de 2014, a ideia de renunciar em troca de aporte financeiro. As acusações de Bohlen em relação a João Quitéria, ex-presidente da torcida organizada Fúria Independente, que resultaram em boletim de ocorrências e usadas como motivação para deixar o cargo, não foram comentadas, por se tratar de caso de polícia.

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O novo presidente ainda anunciou o desligamento do supervisor remunerado Fernando Leite e a confirmação de Durval Lara Ribeiro, o Vavá, na superintendência de futebol.

Para finalizar o evento, Casinha pediu, em tom descontraído: “me ajudem, pelo amor de Deus”.