Roma - O campeão olímpico Emanuel, 38 anos, jamais havia visto um grupo de torcedores cantar com tanto entusiasmo em seus jogos como os italianos que interromperam sua partida no Mundial de vôlei de praia, em Roma.
Aconteceu quarta-feira, antes do início do segundo set da vitória por 2 a 1 da dupla sobre os dinamarqueses Soderberg e Hoyer.
Emanuel se preparava para sacar. Alison, seu parceiro, posicionava-se na quadra quando teve de desviar de uma laranja vinda das arquibancadas em sua direção. Foi aí que se iniciou um protesto contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) contrária à extradição do terrorista italiano Cesare Battisti, na semana passada. "Não entendi o que eles cantavam. Mas faziam com muita intensidade. Nunca vi isso na minha carreira", afirmou o paranaense.
"Arremessaram umas 50 laranjas. As primeiras foram na direção do Alison, depois para o meio da quadra. Durou seis ou sete minutos. Até que outros torcedores italianos, lá no fundo da quadra, começaram a vaiar", disse. O jogador afirmou que só descobriu que se tratava de um protesto quando viu uma segurança apanhar uma faixa na mão de um manifestante. "Aqui fora, a imagem do Brasil não está das mais saudáveis", disse.
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