Londres Apoiada pelo presidente da Federação Mundial de Automobilismo (FIA), Max Mosley, a Ferrari conseguiu o direito de expor sua versão no episódio de espionagem na F-1 que envolve a equipe italiana e a rival McLaren. Na quinta-feira passada, o Conselho Mundial da federação declarou a equipe inglesa culpada no caso, mas não puniu a escuderia.
A entidade afirmou que não havia evidências de que as informações confidenciais repassadas por Nigel Stepney, ex-engenheiro da Ferrari, ao ex-projetista-chefe da McLaren Mike Coughlan foram realmente utilizadas. Em princípio, a decisão era definitiva e não cabia apelação. Mas ontem Mosley reviu a posição da entidade e anunciou que o caso será levado para uma corte de apelação, em que representantes da Ferrari poderão apresentar sua versão do caso.
O dirigente revelou ter sido convencido por Luigi Macaluso presidente da Federação Italiana de Automobilismo que lhe enviou uma carta pedindo que desse uma chance à equipe italiana para falar sobre o episódio. Na audiência do Conselho Mundial, apenas os representantes da McLaren tiveram voz.
"A carta sugere que o Conselho deveria ter dado oportunidades para a Ferrari falar sobre o fato. Reconhecendo a importância deste ponto e pensando na confiança do público em nosso esporte, enviarei o caso para a Corte de Apelação, pedindo que esta escute tanto a McLaren quanto a Ferrari, e só depois determine se a decisão do Conselho Mundial (de não punir a equipe inglesa) foi justa ou não, disse Mosley.
Nigel Stepney, ex-funcionário da Ferrari, um dos principais envolvidos no caso, afirmou ontem ao jornal La Repubblica que é inocente. "Não peguei nenhum desenho da Ferrari. Eu só conheço parte desta história. Só a equipe conhece todo o caso, disse.
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