A polêmica envolvendo a lesão do atacante brasileiro Ronaldo deixou seqüelas profundas no Milan, equipe na qual seu vice-presidente e chefe executivo, Adriano Galliani, ordenou a não-divulgação de informações sobre jogadores que estão no departamento médico.
- Dei ordens ao departamento médico para não dar informações sobre a saúde dos jogadores, assim como ao técnico para dizer que treinou quem está à disposição - declarou Galliani à imprensa italiana.
O caso Ronaldo causou uma grande polêmica há algumas semanas, em meio a consultas do jogador com vários médicos - entre eles José Luiz Runco, da seleção brasileira - para encontrar a solução para uma lesão muscular que sofreu no dia 31 de julho e cuja recuperação deveria durar, segundo o diagnóstico inicial, apenas duas semanas.
Desde então, Ronaldo não voltou a jogar, e os próprios médicos do Milan reconheceram que erraram e que a lesão muscular era mais grave do que se previa.
Ao ser questionado sobre o retorno do artilheiro brasileiro, Galliani afirmou:
- Não sou médico, não faço previsões. Quando estiver pronto, juro que vocês saberão.
O retorno de Ronaldo continua sendo um mistério, que cresceu ainda mais após a imposição da "lei do silêncio" pelo dirigente do Milan, que tomou como base a lei da privacidade que impede os médicos de darem informações sobre a saúde de seus pacientes sem a permissão dos mesmos.