O World Tourism Car Championship (WTCC) chega pela primeira vez ao Brasil dividindo opiniões. A quinta etapa da competição – domingo, no Circuito Raul Boesel, em Pinhais – traz como atração pilotos consagrados (como o italiano Alex Zanardi) e carros de seis diferentes marcas. Mesmo assim, nem todos os especialistas ouvidos pela Gazeta do Povo aprovam a categoria.

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Disputada exclusivamente na Europa até 2004, o WTCC – que representa o Campeonato Mundial de Turismo – verá apenas sua terceira prova longe do Velho Continente. No ano passado, México e China já receberam corridas.

"É uma oportunidade real do amante do turismo conhecer o creme do creme. Tanto em performance como em tecnologia. É uma categoria top", diz Edgar de Mello Filho, comentarista da Rádio Globo. "Recomendo máquina fotográfica e filmadora", lembra.

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Já Lito Cavalcanti, analista do Sportv, não crê que o Mundial de Turismo vá crescer no país. Para ele, a categoria quase limitada à Europa impede o interesse maior dos brasileiros.

"O WTCC não é o que tentam vender como a segunda categoria mais importante, só abaixo da Fórmula 1. Essa categoria existe há muito tempo na Europa e não pegou como deveria", afirma.

Diferente do que o torcedor de automobilismo brasileiro está acostumado, o campeonato possui carros adaptados dos modelos que saem das fábricas. Ao contrário da Stock Car ou de competições de protótipos (Fórmula 1, por exemplo), no WTCC a disputa ocorre com veículos parecidos aos que estão nas ruas.

"O grande charme da categoria é que o espectador torce por carros parecidos com o dele, no máximo 2.0. Nas corridas, quem não andar no limite todo o tempo não vai a lu-gar nenhum", avisa Willy Herman, da TV Bandeirantes.

Entre os pilotos, há ex-participantes da Fórmula 1, como os italianos Nicola Larini, Giani Morbidelli, Gabriele Tarquini e Alessandro Zanardi (campeão na Indy), além do curitibano Augusto Farfus Júnior, que disputa sua terceira temporada na competição.

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"As corridas são emocionantes com carros parecidos aos de rua. Mas o regulamento não deixa muita margem para evolução e atrapalha a consolidação da categoria", alerta Wagner Gonzalez, especialista em automobilismo.