Reflexo do conturbado momento político e financeiro que vive o Paraná, as categorias de base do clube estão sofrendo com a falta de títulos. Em 2011, nenhum dos setes times paranistas levantou a taça dos campeonatos estaduais. A última vez que os meninos do Tricolor comemoraram um Paranaense foi em 2007, quando o sub- 20 foi campeão.
O distanciamento entre os garotos, que ficam no Centro de Treinamento Ninho da Gralha, em Quatro Barras, e os profissionais, que treinam na Vila Capanema, é apontado como o principal motivo do jejum. Apesar da excelente estrutura do CT, poucos frutos floresceram desde que a parceria entre o clube e a Empresa Base, que construiu o Ninho, foi firmada em 2008.
Para 2012, os dirigentes prometem reverter a linha descendente. O investimento em profissionais com identificação com o clube é uma das principais apostas da diretoria para voltar a ter sucesso na formação de jogadores. "Os meninos estavam com pouca vontade, sem o espírito de vencedor. Trouxemos carinho e toda a atenção que eles precisam. Tenho certeza que no ano que vem brigaremos por títulos em todas as categorias", garante Marcelo Galiano, coordenador das categorias de base tricolores.
O ex-zagueiro Milton do Ó é um dos espelhos para os jovens. Ele chegou ao clube com 13 anos e alcançou o auge da carreira, a convocação para a seleção brasileira, dentro do próprio Paraná. Atualmente é auxiliar-técnico do time sub-18, que irá disputar a Taça São Paulo em janeiro e que pode jogar na Segundona estadual.
Ele garante que, apesar do momento complicado, é uma boa oportunidade para colocar os garotos à prova. "Quando eu estreei, em 1996, tinha 17 anos e a situação do time também era muito complicada. Lutávamos para não cair. A pressão era muito grande, mas me ajudou muito a amadurecer e confiar no meu futuro", relembrou o ídolo paranista.
Diante da dificuldade financeira, vender jogadores passou a ser prioridade. Segundo os próprios diretores, o ideal para a manutenção da estrutura do centro de treinamento é a negociação de no mínimo três jovens por ano. O modelo que serve como inspiração é o Figueirense. "Eles vendem muito e não param de revelar. Todo ano, no mínimo, 30% do time é de jogadores formados no clube", explica Paulo Roberto de Oliveira, treinador da equipe júnior paranista.
Milton do Ó confia na estrutura que o Paraná possui para que o Ninho da Gralha possa dar luz aos primeiros filhotes. "Temos bons valores aqui. A oportunidade que eles têm com o CT eu nunca tive. Tenho esperança de que nos próximos anos grandes jogadores surjam deste trabalho", declara.
Alta de preços deteriora popularidade de Lula no Nordeste e impõe desafio para o PT na região
Sob o comando de Alcolumbre, Senado repetirá velhas práticas e testará a relação com o governo
A diplomacia lulopetista se esforça para arruinar as relações Brasil-EUA
TRE-SP cassa mandato da deputada Carla Zambelli
Deixe sua opinião