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Em meio a um fim de ano trágico e um início de temporada turbulento, o Coritiba comemorou, ontem, uma boa notícia. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ignorou o desejo do Clube dos 13 e confirmou o Campeonato Brasileiro com 20 clubes nas edições de 2006 e em 2007 – com queda e ascensão de quatro equipes. A previsão inicial era de apenas duas vagas na elite. Com a nova fórmula, pelo menos matematicamente, as chances alviverdes dobram.

"Para o Coritiba é excelente, dobram as nossas chances de voltar à Primeira Divisão. O importante agora é trabalhar muito para montar um time que pode chegar entre os quatro", afirmou o presidente Giovani Gionédis, que vê urgência de voltar ao primeiro escalão.

"A cada ano fica mais difícil porque os recursos vão diminuindo. Apesar de termos perdido receita, conseguimos dinheiro com a venda de jogadores e temos de aproveitar esse panorama favorável", acrescentou.

A definição, entretanto, não teve o mesmo eco nos outros clubes da capital. Paraná e Atlético reconhecem as ameaças de um regulamento com previsão de rebaixar um em cada cinco clubes participantes.

"Que barbaridade. Acho um absurdo. As regras estão sendo quebradas de novo. Novamente o Paraná aparece como um dos clubes cotados para cair. Não mudaremos o nosso planejamento, mas vamos trabalhar com muito mais cuidado e preocupação", afirmou o vice-presidente do Tricolor, José Domingos.

"Quem tiver melhor estrutura vai permanecer, mas o futebol é um esporte no qual nem sempre os melhores vencem e há sempre um risco", comentou o presidente do Conselho Deliberativo do Atlético, Mário Celso Petraglia, partidário do Brasileiro com 20 clubes e queda e ascensão de 3.

O Rubro-Negro teve uma proposta sua aprovada pela CBF. Os ingressos para o Nacional terão preço mínimo de R$ 10. No ano passado, cada clube definia o valor dos bilhetes, o que dava brecha a promoções, como as que foram feitas pelo Coritiba na reta final da competição.

Eurico protesta

A insatisfação não se limitou à esfera local e a decisão provocou revolta entre alguns dirigentes, que pretendiam diminuir de quatro para dois o número de clubes que deveriam cair para a Série B e reduzir de quatro para dois os que subiriam à Série A.

Irritado, o presidente do Vasco, Eurico Miranda, abandonou a reunião realizada ontem, no Rio de Janeiro. "Não existe mais Conselho Técnico. Os clubes agora só vêem aqui para homologar o que a CBF decide. Mas eu não aceito isso. Não é possível a gente chegar à reunião e encontrar o regulamento e a tabela prontos", reclamou o dirigente.

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