Nem Vanderlei Luxemburgo, nem Paulo Autuori. Contrariando a tendência de técnicos campeões, a CBF optou pelo novato, porém enérgico, Dunga, como o substituto do experiente, mas pacato, Carlos Alberto Parreira no comando da seleção. O anúncio do novo técnico do Brasil foi no fim da tarde ontem, após reunião entre Dunga e o presidente Ricardo Teixeira.
A alegação de Teixeira pela escolha é de que a seleção precisa de um homem de pulso no comando. "A escolha do Dunga vai atingir em cheio o anseio dos torcedores, que querem na seleção um treinador vibrante", explicou Teixeira.
E é exatamente esse o discurso que o novo treinador adotou imediatamente após o anúncio. "Quero trazer para a seleção brasileira a mesma vontade que tive como jogador. Vibração, motivação e vontade de vencer são imprescindíveis para vestir a camisa da seleção", disse o novo treinador.
Dunga e os integrantes da comissão técnica, que serão anunciados nos próximos dias, estréiam no amistoso contra a Noruega, no dia 16 de agosto, em Oslo.
Carlos Caetano Bledorn Verri, o Dunga, nascido em Ijuí (RS), em 31 de outubro de 1963, começou a carreira aos 17 anos no Internacional, onde conquistou o tri estadual em 1982/83/84 e chegou à seleção, medalha de prata na Olimpíada de 84.
Pelo Corinthians, foi vice-campeão paulista no mesmo ano. Passou também pelo Santos e Vasco antes de ir para para a Europa.
Contratado pela Fiorentina, da Itália, foi emprestado ao modesto Pisa, devido ao excesso de estrangeiros no time. Ídolo do pequeno time, o volante ajudou a salvar a equipe do rebaixamento e, no fim do ano, com o fim do empréstimo, estreou na Fiorentina.
Entre 1989 e 1992, Dunga comandou o meio-de-campo da Fiorentina. Se era ídolo no futebol italiano, viveu seu pior momento na seleção. Na Copa de 90, foi considerado culpado pela eliminação. A imagem do volante driblado por Maradona, nas oitavas-de-final contra a Argentina virou ícone de uma geração, conhecida de forma pejorativa como "Era Dunga".
Em 1993, foi para o Stuttgart, da Alemanha. O volante voltou à seleção para a conquista da Copa de 94. Como capitão, Dunga ergueu taça após 24 anos de jejum.
Após a conquista, Dunga passou pelo futebol japonês e foi vice em 98, na França. No ano seguinte, voltou ao Inter, onde encerrou a carreira.
Interatividade:
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