A CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) negou a informação de que teria recebido pedidos de registro de atletas transexual, como é o caso da atacante Tiffany. A entidade confirmou que não foi procurada para inscrição de competidoras que tenham nascido ou tido registro social como homem.
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“A Confederação Brasileira de Voleibol não recebeu nenhum novo pedido de registro de alguma atleta mulher que tenha nascido/tido registro social como homem”, informou a entidade em nota oficial.
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Na segunda-feira (1º), a ex-jogadora Ana Paula Henkel disse, em publicação no Twitter, ter recebido a informação de que existiriam nove pedidos de atletas transexuais para jogar a Superliga Feminina. No post, ela pedia a confirmação da CBV.
Em seguida, Ana Paula publicou ter recebido confirmação de uma pessoa ligada à CBV de que haveriam três pedidos. A entidade desmentiu a ex-jogadora.
“Acabo de confirmar com uma pessoa da própria CBV que existem pedidos, sim, de transexuais para atuarem na Superliga Feminina e que atualmente três casos estão sobre a mesa para análise e possível aprovação”, escreveu a ex-jogadora.
A entidade que comanda o vôlei brasileiro e responsável pela Superliga ainda afirmou que foi consultada por federações locais sobre o critério adotado para a inclusão de atletas transexuais.
A CBV informou que segue o consenso do COI (Comitê Olímpico Internacional) de novembro de 2015 sobre o reposicionamento de gênero e hipoandrogenismo.
A regra citada pela entidade exige qualquer atleta passe por tratamento hormonal e faça testes regulares para comprovar que seu nível de testosterona está abaixo de 10nmol/L.
A CBV ainda esclarece que o período de inscrições para a Superliga foi encerrado em janeiro deste ano. “A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) esclarece que o período para inscrições de atletas na Superliga Cime terminou em janeiro de 2019 e a instituição não recebeu nenhum novo pedido após essa data”, completou.
A presença de Tiffany na Superliga é polêmica. No último dia 27, Bernardinho, técnico do Sesc-RJ, se irritou em um lance disputado com a atacante e disparou em direção ao banco de reservas: “Um homem é f***” Uma câmera flagrou o desabafo do treinador, criticado nas redes sociais pelo Angels Volley Brazil, equipe LGBT criada há 11 anos. “Transfóbicos e homofóbicos não vão passar sem serem apontados na nossa página! Pode ser até o papa do vôlei. Vamos desmascarar todos! Parabéns para o time feminino do Vôlei Bauru, mulheres incríveis que ganharam jogando por merecimento e sem nenhuma vantagem”, publicou o time em rede social. No dia seguinte, Bernardinho se desculpou.
Tiffany é a primeira transexual a atuar na Superliga Feminina de Vôlei. Aos 33 anos, ela foi autorizada pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB, na sigla em inglês) a atuar na competição nacional após passar por cirurgia de mudança de sexo. Até os 31 anos, participou de várias edições do torneio masculino no Brasil, na Europa e na Ásia. Em 2017, assinou contrato com o Bauru.
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