Quatro brasileiros largam para alcançar quase 400 km/h
Quatro brasileiros garantiram presença na esperada centésima edição das 500 Milhas de Indianápolis. A corrida começa às 13 horas (de Brasília) e terá 200 voltas, com os carros chegando a quase 400 quilômetros por hora.
Vitor Meira conseguiu o melhor tempo entre os pilotos do país e largará em 11.º. O time verde e amarelo no gigantesco complexo automobilístico Indianapolis Motor Speedway é completado por Hélio Castroneves, em16.º, Tony Kanaan, em 23.º, e Bia Figueiredo, em 33.º, última posição do grid.
A etapa de qualificação, marcada por muita chuva, foi a mais apertada na história centenária das 500 Milhas de Indianápolis. Pouco mais de 2,5 segundos separaram o pole postion, Alex Tagliani, de Bia Figueiredo.
A presença brasileira poderia ser maior não fosse a venda da vaga de Bruno Junqueira. Após o piloto conseguir a 19.ª posição no grid da corrida, a equipe A.J. Foyt vendeu o uso do carro número 41 para a Andretti Autosport, que mandará o americano Ryan Hunter-Reay à pista. A postura foi alvo de muitas críticas nesta semana.
Ao vivo: 500 Milhas de Indianápolis, às 13 h, na Band e no BandSports.
O piloto do carro preto e amarelo de número 32, Ray Harroun, chega aos boxes após a bandeira quadriculada e é recebido com entusiasmo por amigos e familiares. O rosto sujo e ligeiramente queimado, aliado a espasmos musculares por todo o corpo, acentua o esgotamento físico. A boca e os lábios completamente ressecados o impedem de tomar água. Apenas bochecho, e de leve.
A data: 30 de maio de 1911. O local: circuito de Indianápolis, nos Estados Unidos. Foi nesse cenário e nessas condições que o norte-americano Harroun terminou a primeira 500 Milhas de Indianápolis. Mais que isso, o piloto da poderosa máquina Marmon Wasp, de 6 cilindros, foi o grande vitorioso da tradicionalíssima prova que, hoje, completa um século de história.
Despedida
Depois de recuperado da fadiga que tomou conta de seu corpo, o campeão se dirigiu oficialmente aos jornalistas que cobriam o evento e resumiu a corrida. "As últimas 200 milhas foram, de longe, as mais fáceis de toda a corrida, com o carro menos difícil de controlar nas curvas. No começo havia uma tendência de escorregar, mas depois disso tive poucos problemas para manter o carro no caminho", contou Harroun, que fez a sua última prova naquele dia, com apenas 29 anos de idade.
Ambiente
O ambiente da época em Indianápolis seria inimaginável nos dias atuais, com pessoas muito próximas aos carros e se aglomerando em volta daqueles que se acidentavam. A área dos boxes não era bem uma área e sim um espaço ao lado da reta, sem qualquer divisão. A pista, feita de tijolos, ficava repleta de areia subindo à medida que os carros passavam.
Essa era a realidade que mexeu com 100 mil espectadores nas arquibancadas, que não desgrudaram os olhos da pista por 6 horas e 42 minutos de corrida, tempo que o dono do carro 32 levou para fechar a prova.
Os espectadores ficavam impressionados com a velocidade média de "exorbitantes" 120 km/h. Mais empolgados ficaram durante a briga intensa pela liderança entre Harroun e Ralph Mulford, passadas 340 milhas de corrida.
A disputa custou um dos pneus do carro de Harroun, o que não impediu sua recuperação rumo ao estrelato.
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Governo Lula impulsiona lobby pró-aborto longe dos holofotes
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Deixe sua opinião