| Foto: Carlos Mesquita/Ag. O Dia

Clube diz que conversa com "muita gente"

A cada dia aumenta a lista de candidatos a ocupar o cargo de Dorival Júnior no Coritiba. Além de Ney Franco (Botafogo) e Caio Júnior (Flamengo), surgiram ontem mais dois nomes: Vágner Mancini, atualmente no Vitória, e Alexandre Gallo, que dirigiu o Figueirense e o Atlético-MG no início do Brasileiro. A diretoria alviverde confirma que está trabalhando em várias frentes. A contratação do novo técnico, contudo, deverá ser definida mais para o fim do Nacional. "Estamos conversando com muita gente, mas é preciso esperar. Queremos saber quem vai renovar ou não com as atuais equipes", explica o coordenador de futebol Paulo Jamelli, informando que o clube pretende ter de 70% a 80% do elenco para 2009 definido já em janeiro. (CEV)

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O nome de Ney Franco estará em alta nesta semana no futebol paranaense. Por reencontrar no próximo sábado o Atlético, time que dirigiu entre agosto do ano passado e maio de 2008. E por ser o técnico mais cotado para substituir Dorival Júnior no Coritiba em 2009, ano do centenário alviverde.

Quanto à partida do fim de semana, diz não encará-la como decisiva. Pelas suas contas, o Atlético está praticamente fora de risco de rebaixamento. Já sobre o Coxa, deixa no ar a possibilidade de voltar logo a trabalhar no futebol paranaense, embora ainda discuta a renovação de seu contrato com o Botafogo.

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"Voltar a Curitiba seria ótimo. Gostaria muito de fazer uma boa temporada lá (no Coritiba), ainda mais no ano do centenário do clube", diz.

Algum sentimento especial em enfrentar o Atlético sob risco de rebaixamento?

Não. Passei o campeonato todo torcendo para que o Atlético saísse dessa situação. Me parece que agora o time deu uma acertada, vem de boa seqüência, e acho que já escapou desse rebaixamento.

Você se sente culpado pela situação atual do clube?

Dirigi o Atlético apenas em dois jogos do campeonato. Minha situação como treinador não tem nada a ver com a situação do Atlético no Brasileiro. Acho que fiquei muito pouco para ter essa sensação. Fui surpreendido na demissão, não esperava. Tínhamos ganhado uma fora (1 a 0 sobre o Ipatinga) e empatamos com o São Paulo em casa.

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Correu o boato de que o clube estava insatisfeito com o seu esquema de bichos (Ney pediria dinheiro extra do clube para os atletas)?

Para mim isso é novidade, nunca tinha ouvido falar. Meu desligamento do Atlético foi muito rápido, fui para uma reunião com o Fleury, o Malucelli e o Maculan e em 10 minutos decidimos. Eles queriam cortar o vínculo e, como falaram como se já estivesse decidido, nem argumentei. E compreendo isso muito bem, pois os caras estão na frente do trabalho, são os diretores, mas eu acho que foi prematuro.

Por aqui se fala muito em você para dirigir o Coritiba. Já teve algum contato?

Não, não tive, não. Na realidade, estou num processo de renovação de contrato com o Botafogo. E não teve ninguém do Coritiba que me ligou diretamente para conversar sobre isso. O que escuto é boato, de vez em quando me ligam empresários para perguntar sobre isso, mas ninguém do clube.

Como está o acerto com o Botafogo?

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Vamos ter uma reunião na quinta-feira. O clube demonstrou interesse de renovação e me fez uma proposta. Fiz uma contraproposta e agora vai depender da reunião que eles farão amanhã para definir o orçamento do clube em 2009.

Mais para sim ou para não?

Tem uma diferença, não é grande, mas preciso do retorno da parte financeira do clube. Pois de repente para mim é uma coisa normal e para eles não. Mas nesta semana define, pois é bom tanto para o planejamento do Botafogo como para o meu.

E se vier uma proposta do Coritiba?

Não teria problema nenhum. Primeiro que estamos falando de uma cidade que eu gostei muito e minha família se adaptou muito bem. Voltar a Curitiba seria ótimo. Principalmente para trabalhar no Coritiba, uma equipe de tradição, que tem uma torcida forte.

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Mesmo tendo recentemente sido técnico do Atlético?

Não tem problema, a gente é profissional. O exemplo que tenho disso vem aí do Sul mesmo, o Levir Culpi, que passou duas vezes pelo Atlético Mineiro, três pelo Cruzeiro, e é respeitado pelas duas diretorias, pelas duas torcidas... Você tem de ser é profissional. Se tiver oportunidade de trabalhar no Coritiba, vou vestir a camisa e tentar fazer o máximo de mim.

Falam também do Cruzeiro...

Acho que agora os clubes estão conversando sobre o ano que vem. No meu caso, gosto muito da continuidade, mas se não tiver acerto com o Botafogo a gente abre pra conversar com outros clubes. O Cruzeiro, que você citou, já tem uma pequena história aqui dentro, muitas pessoas dentro do clube me conhecem. E o Coritiba, se aparecer uma proposta oficial, voltaria com muito prazer para Curitiba. Gostaria muito de fazer uma boa temporada lá, ainda mais no ano do centenário do clube.

O que aconteceu com o Botafogo no Brasileiro?

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Tivemos alguns problemas. O salário foi um deles. Realmente o clube ficou três meses sem pagar. Algumas premiações prometidas não foram pagas e isso cria uma situação que faz a qualidade do trabalho cair.