Alex Mineiro aproveita chance única para garantir o resultado
São Paulo - O atacante Alex Mineiro era um dos poucos homens de frente que não tinham conseguido arriscar um chute ao gol de Vanderlei. Na primeira chance, já aos 30 minutos da etapa final, usou a cabeça e garantiu os três pontos ao Palmeiras.
Chaves do jogo
São Vanderlei
Até o fim do primeiro tempo, foram cinco defesas difíceis do goleiro coxa. A zaga alviverde estava desarrumada após a saída do machucado Nenê. Não havia zagueiro no banco.
Arrumou, mas não adiantou
Na etapa final, Rubens Cardoso foi para a zaga e Veiga (que havia entrado durante o tempo inicial) saiu. A defesa melhorou, mas o sufoco seguiu.
Erro fatal
O Coritiba tinha um a mais em campo, não havia criado quase nada, mas errou na marcação e deixou Alex Mineiro sozinho no lance que decretou a derrota.
Análise
Craque - Vanderlei
Evitou um placar mais elástico contra o Coxa.
Bonde - Dorival Júnior
Não levou zagueiros para a reserva e teve de improvisar na defesa. Não deu certo.
Guerreiro - Mancha
Ora volante, ora zagueiro. Segue em boa fase.
A primeira chance real de entrar no grupo dos quatro melhores do Brasileiro foi desperdiçada pelo Coritiba, ontem, contra o Palmeiras, em São Paulo. A derrota por 1 a 0 foi creditada a um erro crucial e a falta de experiência dos comandados de Dorival Júnior.
Afinal, o descuido que deixou Kléber e Evandro livres para criar a jogada em que Alex Mineiro decidiu o jogo (30 do segundo tempo) só ocorreu pela falha coxa-branca. Ninguém brecou um falta batida rapidamente que pegou todo o sistema de marcação paranaense desprevenido.
O pior é saber que mesmo quase o tempo todo dominado pelo adversário, o Verdão do Alto da Glória tinha um jogador a mais há cinco minutos no momento do lance fatal.
"É nessas horas que o nosso técnico fala que precisamos ter mais malandragem, tocar a bola para criar a chance. Não da para descuidar. Faltou experiência", cravou o volante Alê.
Mesmo em vantagem numérica, o Coritiba em nenhum momento deu sinais que faria o gol. O único perigo real para o pentacampeão Marcos foi quando ainda estava onze contra onze uma bola espirrada em que Rodrigo Mancha acertou o travessão no primeiro tempo.
"Não demos um chute no gol quando ficamos com um a mais. Não pode ocorrer esse tipo de vacilo", avaliou o capitão Maurício.
"O relaxamento é natural do ser humano. Quando ficamos com um a mais faltou aquele piquezinho a mais. Você não corre porque acha que o companheiro pode te cobrir. Não pode ocorrer", lamentou Dorival.
O treinador coritibano também teve seu pecado para a derrota. Não levou zagueiros para o banco (Felipe se machucou no treino de sexta-feira e Bernardi não foi relacionado) e quando Nenê rompeu o tendão-de-aquiles do pé direito (aos 11 do primeiro tempo) a defesa ficou bagunçada.
Primeiro Veiga entrou na equipe com Mancha sendo deslocado à defesa. Não deu certo. No intervalo, Rubens Cardoso foi recuado ao setor e Veiga (ficou só 32 minutos em campo) deu lugar para Ricardinho. Uma confusão que custou duas substituições.
"Não entrou bem tem de sair. Não importa se é um jogador experiente como o Veiga", afirmou o comandante, que segue sem querer fazer prognósticos sobre a campanha coritibana. "Não posso vender a mentira de que vamos brigar pela Libertadores. Estamos trabalhando para isso, mas nossa equipe ainda está se montando", alertou.
A derrota provocou ao Coxa a queda para o oitavo lugar (32 pontos). Se tivesse vencido, seria o terceiro. Caso conseguisse o empate, permaneceria em sexto.
O consolo é saber que o G4 está a apenas dois pontos de distância o Botafogo é o quarto com colocado com 34 e agora serão dois jogos seguidos no Couto Pereira: contra Figueirense e São Paulo.
Diante do Figueira, Carlinhos Paraíba está fora pelo terceiro amarelo e Nenê pode nem mais jogar neste ano por conta da lesão sofrida ontem.
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