No começo, o inusitado da parceria despertou a atenção. Em tempos de crise financeira, sem dinheiro para custear as divisões de base, o Paraná se uniu à L. A. Sports. A empresa de marketing esportivo deveria fornecer quatro refeições e toda a infra-estrutura à garotada. Em contrapartida, o Tricolor cedia metade dos direitos federativos de quatro promessas da equipe júnior por ano, escolhidas pela L. A. O acordo foi firmado em 2003.
O vínculo se estendeu nesta temporada. A diretoria paranista recorreu à empresa para reforçar o time principal para a disputa do Brasileiro. O objetivo era claro: não deixar o Tricolor ser rebaixado. Indicados pelos olheiros do clube, a L. A. contratou o lateral-direito Parral, o zagueiro Aderaldo, o meia Maicosuel e o atacante Borges.
A relação, porém, sofreu um baque no mês passado. Chateados com a postura de um grupo de conselheiros do clube, liderados pelo diretor de futebol Durval Lara Ribeiro (Vavá), que montou um fundo de investimento para ocupar o lugar da empresa, a L. A. resolveu não renovar o contrato com o Paraná. O vínculo terminou juridicamente em março e foi prorrogado até dezembro na base da palavra. Assim, a categoria de base voltará a ser gerenciada pelo exclusivamente pelo clube.
"É lógico que a gente não gostou de ficar sabendo pelos jornais que estavam nos substituindo. Poderiam ter nos convidado para integrar esse grupo de investimento. Mas é um direito que o Paraná tem e a vida segue. Agora cada um vai para o seu lado caminhar sozinho", explica um dos sócios da L. A., Luiz Alberto Martins Filho, que flerta repassar a parceria para o rival Coritiba. "Estamos abertos a ouvir propostas. Se for do interesse do Coxa, vamos negociar. Se o Paraná precisar da gente, vão nos procurar", diz ele.
Só Borges não fica
Num primeiro momento, os jogadores adquiridos pelos empresários permanecerão no Tricolor. A tendência, porém, é que sejam negociados quando surgirem propostas. Principal destaque da equipe com 19 gols no Nacional, o artilheiro Borges deve puxar a fila. O camisa 9 já recebeu sondagens de empresários ligados a times da Espanha, França, Alemanha e Japão. Até o Santos se aventurou a entrar na briga pelos gols do atacante.
"A maioria dos nossos atletas tem contrato de três anos com o Paraná. Acredito que apenas o Borges não deva ficar no ano que vem", comenta Martins.
De acordo com o vice-presidente José Domingos, o motivo pelo qual o acordo foi estabelecido já não existe mais. O Paraná teria atingido a auto-suficiência financeira. "Vamos buscar outras alternativas e o clube deve assumir a parte deles", afirma o dirigente. "Não temos exclusividade com ninguém e nada impede que continuemos a nos relacionar com a L. A. Uma coisa não interfere na outra", complementa.
O time da L. A.
Aderaldo (zagueiro)Alex (lateral-direito)Borges (atacante)Bruno (zagueiro)Digão (lateral-esquerdo)João Paulo (zagueiro)Maicosuel (meia)Parral (lateral-direito)Tiago Neves (meia)Vandinho (atacante)Xaves (meia)
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