Um dos maiores gênios da humanidade, o físico alemão Albert Einstein definiu como tolice o ato de fazer a mesma coisa esperando que ela produza resultados diferentes. É o popular "mais do mesmo".
Acompanhando o final da temporada dos três principais clubes do futebol paranaense observamos que os dirigentes continuam jogando com as palavras; utilizando as possibilidades do marketing, ora para manter aceso o ódio entre os torcedores rivais, ora para vender ideias que possam aplacar a ira das torcidas diante dos resultados pífios obtidos nas competições nacionais e internacionais; usam o titulo estadual como tábua de salvação a cada novo ano de saldo frustrante e realizam discursos inflamados que mexem com o fanatismo das massas, prometendo medidas para melhorar a competitividade das equipes e resolver o problema que está por trás da anemia dos números.
O futebol paranaense vive um dramático processo de ilusionismo e de "mais do mesmo". A crise econômico-administrativa do Paraná tornou-se crônica e aparentemente sem solução a médio- prazo, inclusive para manter em funcionamento o patrimônio que compõe a sua gigantesca estrutura social e de lazer. Do futebol o torcedor não espera grande coisa, a não ser continuar "ad aeternum" na série B nacional e firme na Série A estadual.
O Coritiba soube administrar a sua indiscutível superioridade técnica no campeonato estadual, emplacou o tri, perdeu novamente a final da Copa do Brasil, foi eliminado da Sul-Americana e não cumpre boa campanha no Brasileiro em andamento. Desde que ficou livre do risco de rebaixamento o time desconcentrou-se e perdeu duas seguidas.
Sábado o Vasco virou o placar após sete jogos sem vencer com o time cheio de jovens como Marlone, Jhon Cley, Romário e outros. O Coxa não teve capacidade técnica para sustentar o resultado em pleno Alto da Glória.
O Atlético está a um ponto da classificação, entretanto tem deixado a torcida entristecida com a flagrante limitação do seu elenco. Enroscou contra adversários inexpressivos jogando em casa e revelou insuficiência técnica para vencer o fraco Criciúma e antecipar o retorno a Série A. Quando mais precisou da eficiência dos alas, dos meias e, sobretudo, dos atacantes o Furacão desnudou a sua fragilidade de valores e teve de se contentar com o empate sem gols que adiou a festa da torcida para o próximo sábado. E para que haja festa, será necessário pelo menos empatar com o Paraná.
Subindo, o Atlético terá de continuar jogando no estádio do J.Malucelli, novo símbolo da pequenez do futebol paranaense em todos os sentidos. Já passou da hora de os dirigentes mudarem o clichê, investirem com competência na contratação de grandes jogadores e dar um fim nessa desoladora política de "mais do mesmo".