Há quem diga que o melhor da festa é esperar por ela. A torcida do Coritiba talvez discorde, considerando a comemoração intensa no jogo que marcou o retorno do time ao Couto Pereira, sábado. O torcedor curtiu cada minuto da volta para casa, que veio com a vitória por 2 a 0 sobre a Portuguesa. E foi além: depois do apito final, as arquibancadas ficaram cheias por mais alguns minutos, enquanto os cantos de amor ao clube continuavam a ser entoados. Comportamento que leva a diretoria a prever um quadro de 25 mil sócios até o fim do ano.
Além dos gols de Leonardo e Léo Gago, que selaram a vitória no segundo tempo, depois de deixar a torcida apreensiva durante os primeiros 45 minutos, os coxas-brancas ganharam outros presentes: a reestreia do meia Tcheco e um uniforme desenhado especialmente para a ocasião: camisa alusiva à Bandeira do estado do Paraná, na qual o escudo do Coritiba ocupa o lugar do brasão e há a inscrição "Alma Guerreira".
Em retribuição, o torcedor recebeu o time com mais um Green Hell. Desta vez, sem fogos de artifício proibidos , mas com uma chuva de papel picado e rolos de papel higiênico. E compareceu em peso: 30.414 pessoas (28.134 pagantes), no maior público no estádio em 2010. Foi a maior renda registrada nas 22 rodadas da Série B deste ano, R$ 694,2 mil (superando em R$ 46 mil o faturamento de Bahia x Sport, na 5.ª rodada).
Números que mudaram as previsões da diretoria. Na semana que antecedeu o "jogo da volta", o clube ganhou mais 8,5 mil sócios-torcedores totalizando 16 mil. Depois da partida, a meta de chegar a 20 mil sócios até o final de 2010 já havia sido revista. "Queremos chegar a 25 mil associados. No fim deste mês devemos nos tornar o clube com mais associados no Paraná", declarou o vice-presidente, Vilson Ribeiro de Andrade. Hoje, o Atlético tem o maior quadro de sócios do estado, com aproximadamente 21 mil torcedores.
Os preparativos para ver os comandados de Ney Franco atuando novamente no gramado do Couto Pereira depois de um exílio de dez jogos como mandante na Série B, disputados em Joinville havia começado bem antes. Na semana que antecedeu o confronto, os coxas-brancas fizeram fila para comprar ingressos ou se associarem.
Até o ex-presidente Giovani Gionédis, que poucas vezes foi visto no Alto da Glória desde que deixou o cargo, no final de 2007, compareceu. "A volta é uma alegria para a torcida e uma lição para os dirigentes que estavam no comando naquele momento [em dezembro de 2009, na partida em que torcedores invadiram o campo, o que resultou na perda dos mandos de campo]", alfinetou.
Colaborou Marcos Xavier Vicente
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