Jogadores do Coritiba agradecem o apoio incondicional da torcida após a vitória por 2 a 0 sobre a Portuguesa, no sábado| Foto: Antônio Costa/ Gazeta do Povo
Confira a ficha técnica do jogo

Há quem diga que o melhor da festa é esperar por ela. A torcida do Coritiba talvez discorde, considerando a comemoração intensa no jogo que marcou o retorno do time ao Couto Pereira, sábado. O torcedor curtiu cada minuto da volta para casa, que veio com a vitória por 2 a 0 sobre a Portuguesa. E foi além: depois do apito final, as arquibancadas ficaram cheias por mais alguns minutos, enquanto os cantos de amor ao clube continuavam a ser entoados. Comportamento que leva a diretoria a prever um quadro de 25 mil sócios até o fim do ano.

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Além dos gols de Leonardo e Léo Gago, que selaram a vitória no segundo tempo, depois de deixar a torcida apreensiva durante os primeiros 45 minutos, os coxas-brancas ganharam outros presentes: a reestreia do meia Tcheco e um uniforme desenhado especialmente para a ocasião: camisa alusiva à Bandeira do estado do Paraná, na qual o escudo do Coritiba ocupa o lugar do brasão e há a inscrição "Alma Guerreira".

Em retribuição, o torcedor recebeu o time com mais um Green Hell. Desta vez, sem fogos de artifício – proibidos –, mas com uma chuva de papel picado e rolos de papel higiênico. E compareceu em peso: 30.414 pessoas (28.134 pagantes), no maior público no estádio em 2010. Foi a maior renda registrada nas 22 rodadas da Série B deste ano, R$ 694,2 mil (superando em R$ 46 mil o faturamento de Bahia x Sport, na 5.ª rodada).

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Números que mudaram as previsões da diretoria. Na semana que antecedeu o "jogo da volta", o clube ganhou mais 8,5 mil sócios-torcedores – totalizando 16 mil. Depois da partida, a meta de chegar a 20 mil sócios até o final de 2010 já havia sido revista. "Queremos chegar a 25 mil associados. No fim deste mês devemos nos tornar o clube com mais associados no Paraná", declarou o vice-presidente, Vilson Ribeiro de Andrade. Hoje, o Atlético tem o maior quadro de sócios do estado, com aproximadamente 21 mil torcedores.

Os preparativos para ver os comandados de Ney Franco atuando novamente no gramado do Couto Pereira – depois de um exílio de dez jogos como mandante na Série B, disputados em Joinville – havia começado bem antes. Na semana que antecedeu o confronto, os coxas-brancas fizeram fila para comprar ingressos ou se associarem.

Até o ex-presidente Giovani Gionédis, que poucas vezes foi visto no Alto da Glória desde que deixou o cargo, no final de 2007, compareceu. "A volta é uma alegria para a torcida e uma lição para os dirigentes que estavam no comando naquele momento [em dezembro de 2009, na partida em que torcedores invadiram o campo, o que resultou na perda dos mandos de campo]", alfinetou.

Colaborou Marcos Xavier Vicente