Se o Corinthians jogou muito mal no segundo tempo e por pouco não foi eliminado pelo esforçado Al Ahly, o Chelsea dominou amplamente o Monterrey, mandou no jogo, venceu e chega forte na final de domingo.
Tite explicou bem os motivos que levaram o time a recuar, submeter-se aos desígnios do adversário e correr o risco de sofrer o empate, que teria sido o resultado mais justo: nervosismo diante de tanta responsabilidade. Isso é coisa de gente psicologicamente despreparada e os corintianos terão de superar seus traumas emocionais, colocar os nervos no lugar para jogar a bola que sabem e tentar vencer o time inglês para não decepcionar os 25 mil "loucos" que foram ao Japão além, é claro, dos milhões que ficaram por aqui.
O Chelsea mostrou exatamente a diferença existente nos últimos tempos entre um grande clube europeu no confronto com um sul-americano. São Paulo e Internacional, mesmo tecnicamente massacrados, conseguiram o milagre de vencer Liverpool e Barcelona, respectivamente. O Santos não conseguiu diante do Barcelona e cabe ao Corinthians escolher o seu destino no confronto com o Chelsea.
Festa e vexame
O São Paulo vencia por 2 a 0 quando o Tigre resolveu não voltar ao campo. Um pouco pela truculência dos seguranças que intimidaram os argentinos e muito pelo temor de sofrer goleada histórica no Morumbi. Errou a diretoria do São Paulo ao exagerar na dose, tentando retribuir os maus tratos recebidos em La Bombonera, algo corriqueiro em se tratando de competições do lado de baixo da linha do Equador.
Todo mundo está careca de saber que os hispânicos continentais são agressivos e não possuem nenhum tipo de fair play, porém foi injustificável a pressão exercida sobre esse time argentino de segunda categoria que abandonou a final do torneio. Enquanto a bola rolou, o time de Ney Franco foi absolutamente superior e fazendo por merecer o título.
Dunga de volta
O Inter promove a volta de Dunga ao palco do futebol. Ele poderia estar desfrutando de outra situação como treinador, não fosse a má sorte da seleção brasileira na partida em que foi eliminada na África do Sul.
Mesmo sem Ramirez suspenso e com Elano sofrendo fratura em pleno Mundial; Kaká jogando à meia força física e o goleiro Julio Cesar escondendo contusão, o Brasil dominou o primeiro tempo, fez 1 a 0 e poderia ter ampliado o escore não fossem as oportunidades desperdiçadas pelos atacantes.
No segundo tempo deu tudo errado, culminando com a expulsão de Felipe Melo, que pisou no holandês Robben e a virada no placar, encerrando a Era Dunga no comando da seleção. No próximo ano ele tentará reorganizar o caro e deficiente time do Internacional, desafio encarado sem sucesso por Dorival Junior e Fernandão.