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O motivador João Carlos de Oliveira teve a primeira experiência com jogadores de futebol | Divulgação
O motivador João Carlos de Oliveira teve a primeira experiência com jogadores de futebol| Foto: Divulgação

Atleticanas

Bielorrússia

A parceria com o Dínamo de Minsk teve o primeiro resultado concreto divulgado ontem. O volante Renan, o "Foguinho", foi emprestado ao clube parceiro do Atlético.

Um fora, três dentro

A vitória contra o Santos gerou um desfalque para o jogo de domingo, contra o Goiás. O zagueiro Rhodolfo recebeu o terceiro cartão amarelo e está suspenso. Em compensação, para a defesa o técnico Paulo César Carpegiani poderá contar com o retorno de Manoel, Eli Sabiá, além do volante Chico.

Ele tem o mesmo nome de João do Pulo, um dos principais ícones do atletismo brasileiro. Porém este João Carlos de Oliveira foi um dos responsáveis por outro salto, o de qualidade do Atlético, que gerou a vitória diante do Santos. Palestrante motivacional, "João, o Negão", como ficou conhecido entre os boleiros, deu um novo ânimo ao Rubro-Negro.

O próprio técnico Paulo César Carpegiani admitiu isso após a partida. "Tivemos uma palestra hoje [quarta-feira] no CT e foi um show à parte. Foi sensacional. E quero creditar ao palestrante, o João, uma grande parte dessa vitória. Tivemos uma excelente postura", afirmou o treinador.

O motivador tem 40 anos e é nascido em Ivaiporã, no interior do Paraná. Formado em artes cênicas e pós-graduado em educação não formal e liderança de equipe pelo Instituto Interna­cional para o Desenvolvimento da Cidadania (IIDAC) de Israel, ele morou a maior parte da vida em Curitiba, de onde conquistou mais de 200 clientes, como Claro, Vivo, Sebrae, Unimed e Caixa Econômica Federal.

Mas o que faz o sucesso de Oliveira? Ele garante que tudo tem a ver com um belo sorriso. "Se eu fosse dizer algo a todos os times, eu diria: ‘Vocês são profissionais, mas não terão o sucesso se não tiverem alegria’. Apenas isso", explicou. "O Atlético voltou a sorrir."

Apesar de ter feito um trabalho com o Marechal Cândido Rondon, que acabou campeão do Paranaense de futsal do ano passado, esta foi a primeira experiência de Oliveira com jogadores de futebol de campo. O resultado não poderia ter sido melhor. "Estava faltando um brilho individual a mais de cada um. Eu incentivei para que cada um desse um pouco mais de si. Isso sem falar de futebol em nenhum momento", ponderou.

Para ganhar seus espectadores, Oliveira fez com que todos participassem, em uma hora e dez de encontro. "Indepen­dentemente do público, eu peço que eles levantem e balancem as mãos. É cômico um monte de homens barbados levantado as mãos e balançando", contou, lembrando que, na comemoração do gol de Bruno Mineiro, os jogadores repetiram o gesto. "Até batuque de fanfarra teve no encontro. Parecia um grupo de crianças", complementou.

O diretor de futebol do Furacão, Valmor Zimmermann, confirmou a importância do visitante. "O time estava cabisbaixo e precisava de mais confiança", assumiu o dirigente. "A palestra foi muito importante para aumentar o entusiasmo dos jogadores", complementou.

Segundo Zimmermann, o nome de Oliveira surgiu por indicação de Ademir Adur – ex-presidente, presença cada vez mais influente no departamento de futebol (indicou cinco dos reforços contratados durante a Copa do Mundo). Quanto ao motivador, se depender dos atleticanos, ele deve voltar ao CT do Caju. "É provável. Vamos conversar para que ele aceite participar mais vezes", avalia o diretor de futebol.

Perspectiva que entusiasma o palestrante. "O que vem pela frente é consequência do trabalho que eu e o clube acreditamos", garantiu Oliveira, citando mais uma das frases que divertiram os atletas e que devem virar ditado popular no CT do Caju. "Eu falei para os jogadores. Se alguém perguntar quem foi que mandou, digam que foi o negão que mandou."

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