Jogadoras brasileiras lamentam o vice-campeonato contra a forte equipe da Rússia, bicampeã do Mundial| Foto: Toshifumi Kitamura/AFP

O jogo

Equilíbrio em quadra

Liderada por Natália, a seleção brasileira teve um início arrasador. A primeira parcial terminou com 25 a 21 para o time nacional. No segundo, Zé Roberto precisou gritar para dar ânimo às comandadas. Não foi suficiente e as russas igualaram o confronto: 25 a 17. O terceiro deu Brasil, com destaque para Jaqueline: 25 a 20. As russas então cresceram. A equipe europeia abriu 16 a 8 no placar e o tie-break era inevitável. Na sequência fecharam em 25 a14.

Na decisão, o Brasil abriu vantagem importante no começo, mas, rapidamente, as russas empataram o duelo. Mesmo insatisfeitas com uma marcação da arbitragem, as brasileiras chegaram à parada técnica com 8 a 7 no placar. Mas a Rússia caminhou ponto a ponto ao bicampeonato e fechou o jogo com um 15 a 11.

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A final do Mundial feminino de vôlei foi como se esperava. Em um jogo muito equilibrado e cheio de emoções, a Rússia venceu o Brasil por 3 sets a 2, com parciais de 21/25, 25/17, 20/25, 25/14 e 15/11, e conquistou seu segundo título consecutivo do torneio, na manhã de ontem, no Japão.

"A Rússia jogou melhor. Nós tivemos alternância. Jogamos bem o primeiro e o terceiro sets. Elas, o segundo e o quarto. O tie-break começou igual, mas a Gamova fez a diferença. O Brasil está de parabéns pela campanha. Foram dez vitórias, em 11 jogos", avaliou o técnico José Roberto Guimarães após a derrota.

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Agora, o Brasil acumula três vice-campeonatos no Mundial. Em 1994, em casa, a equipe foi superada por Cuba na final. O jogo de ontem foi uma reedição do torneio de 2006, quando as russas venceram a partida pelo mesmo placar e conquistaram o título.

As duas equipes realizaram campanhas impecáveis no Mundial e chegaram à final invictas. Na hora da decisão, apesar de ter ficado em vantagem no placar por duas vezes, o Brasil acabou falhando no tie-break e deu adeus ao título.

O grande nome russo em quadra foi o de Ekaterina Gamova, com 35 pontos. Pelo lado brasileiro, a oposto Sheilla foi o destaque, com 26 pontos.

O Mundial é o único torneio que a seleção brasileira feminina de vôlei ainda não conquistou. Por outro lado, a Rússia tem sete troféus mundiais.

José Roberto Guimarães se curvou às rivais: "A Rússia é a melhor seleção do mundo hoje", declarou. Guimarães destacou que a equipe adversária "soube aproveitar os seus melhores momentos na partida" e parabenizou o adversário.

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"Derrotas doloridas como essas são importantes para o aprendizado", falou o o treinador, visivelmente chateado.

Ele finalizou falando que estava triste pela derrota, mas muito feliz pela campanha brasileira. "Uma derrota na final não poderia jogar o resto do trabalho fora."

A líbera Fabi, muito emocionada, chegou a pedir desculpas à torcida brasileira. "Gostaria de pedir desculpas para a minha família, para todos os brasileiros que acordaram cedo para torcer", disse a jogadora.

A líbero também afirmou que "sente muito orgulho de vestir a camisa da seleção". "São 14 guerreiras nesta equipe. A gente se questiona o porquê da derrota, já que a comissão técnica nos dá toda a estrutura", lamentou.

Fabi ainda destacou a atuação da craque russa. "Ela [Gamova] estava em um dia inspirado. Não conseguimos pará-la".

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Já a oposto brasileira, Natália, também elogiou a atuação da equipe europeia, mas disse que "faltou a seleção dar um algo mais para sair com a vitória." "Saio da quadra com a sensação de que poderia ter feito mais", lamentou a atleta.