De tradicional, a festa dos poloneses de Curitiba para a Copa terá apenas a bebida: vodca. No mais, o agito da colônia para acompanhar a seleção deve ser à moda brasileira, com churrasco e cerveja.
Assim acontecerá nas reuniões programadas para a Sociedade União Juventus reduto da colônia na capital , na sede da Rua Francisco Rocha, numa iniciativa dos integrantes do grupo folclórico da associação, o Conjunto de Canto e Dança Junak.
Os cerca de 30 integrantes se encarregarão de formar a torcida organizada que representará uma das maiores colônias de imigrantes do Paraná. "Sempre que a Polônia está envolvida num evento de grande porte nós programamos uma confraternização", revela o diretor do grupo, Fabiano Woiciechuski, 32 anos.
Antigamente, a festa era maior. Nos tempos áureos do clube, até telão era disponibilizado. Agora, em época de reconstrução, os jogos serão acompanhados numa pequena televisão. E para lembrar um pouco a terra dos ancestrais, talvez haja comida típica. "Pode rolar um pierogi", sugere Andrei Screnski, 23 anos.
A torcida principal será pelo atacante Maciej Zurawski, jogador do Glasgow Celtic, da Escócia, a esperança de gols. "Infelizmente perdemos o Dudek (goleiro do Liverpool, da Inglaterra), que era um de nossos principais atletas. Então vamos ter que confiar no Zurawski lá na frente", disse Milton Stanczyk Filho, 26 anos, outro integrante do Junak e que acompanha a Polônia pela internet.
Sobre a pergunta fatal, nenhuma dúvida, pelo menos por parte dos mais jovens. "Se o Brasil jogar contra a Polônia eu torcerei pelo Brasil. O que eu sinto pelo país que eu nasci é muito maior", revela Milton, lembrando que, ao contrário, seu pai comemorou a vitória da Polônia sobre o Brasil na decisão do terceiro lugar da Copa de 74, por 1 a 0. Coincidência, o Mundial é no mesmo país, a Alemanha.
Andrei também torcerá pelo Brasil. Mas não ficará triste se der Polônia. "Meu pai diz que o Brasil já foi campeão cinco vezes e não pode ser egoísta".
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