Como em qualquer outra atividade, o sucesso também tem seu preço no futebol amador curitibano. E para o Vila Hauer, o vice-campeonato da Divisão Especial em 2006 custou caro demais. Tanto que neste ano, a tradicional equipe do número 531 da Rua Hipólito da Costa, ainda paga as "parcelas" da boa campanha, se vendo obrigada a disputar a Suburbana calçada nas chuteiras da humildade.
Faltando três rodadas para o término da primeira fase, o Vila Hauer está na oitava posição com 10 pontos, apenas duas vitórias em oito jogos. Colocação que, por enquanto, lhe garante a última vaga na segunda fase. Porém, o Vasco da Gama está na cola, dois pontos atrás, e a briga promete ser boa.
A partida de hoje à tarde, às 15h30, contra o Uberlândia, é encarada como a chance de encaminhar a classificação e, ao mesmo tempo, afastar o fantasma da queda para a Primeira Divisão. "Nós sempre montamos times para chegar, mas confesso que desta vez nossa intenção é não ser rebaixado", declara Vílson Luiz Dias, presidente do clube.
O motivo da mudança de objetivo é um só: dinheiro. A chegada até a final no ano passado perdida para o Trieste fez com que os atletas do Vila Hauer ficassem muito visados no mercado da Suburbana. Além disso, a equipe gastou bastante com a montagem do time. Sendo assim, não teve condições de competir com as propostas na virada do ano.
As potências Trieste, Combate Barreirinha, Capão Raso e Urano, praticamente fizeram o "rapa" no Vila Hauer. E para se ter uma idéia do cenário, somente para mudar de clube, alguns jogadores chegaram a receber R$ 5 mil de luvas, e a promessa de uma ajuda de custo até três vezes maior do que a que o vice-campeão pagava. Resultado: dos 25 jogadores que formavam o elenco, apenas o volante Leandro ficou para contar a história da forte equipe que se desmanchou. "Eu peguei o Vila sem nada. Tivemos que montar um novo time. É uma equipe em formação", aponta o técnico Marinho Lima.
Ao lado do diretor e olheiro do clube, Emílio de Faria, Marinho foi buscar nos bairros de Curitiba e numa parceria com times de Campina Grande do Sul uma molecada querendo aparecer no futebol para formar a base. "São jogadores com muita disposição, que ainda precisam mostrar a cara", diz o treinador. E caso a passagem para a fase dos quadrangulares aconteça, aí sim, o Vila vai se permitir sonhar um pouco mais alto. "Já temos alguns jogadores experientes engatilhados, com algumas contratações podemos tentar algo mais", completa Marinho.
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