São Paulo - Com a autoridade de quem já é o maior nadador da história do Brasil, César Cielo revelou ontem estar preocupado com o futuro da natação brasileira. Durante evento de apresentação do seu novo patrocinador, em São Paulo, ele reclamou da falta de competições de grande porte no país, lembrando que a etapa do Rio da Copa do Mundo foi cancelada recentemente por falta de investimentos.
"O Brasil perdeu a etapa da Copa do Mundo por má vontade e falta de dinheiro, um pouco dos dois. Ainda mais no bom momento em que estamos, isso infelizmente acabou tirando uma competição do nosso planejamento. A gente espera, no futuro, ter mais competições aqui, só que hoje só disputamos competições de alto nível fora do Brasil", lamentou César Cielo.
Dono de duas medalhas olímpicas ouro nos 50 m livre e bronze nos 100 m livre nos Jogos de Pequim , e de dois títulos mundiais campeão nos 50 e nos 100 m livre no Mundial de Roma, em julho , César Cielo também criticou a situação do Parque Aquático Maria Lenk, que foi construído para o Pan-Americano do Rio, em 2007, e está praticamente abandonado.
"Acho que deram uma maquiada no Maria Lenk, hoje está tudo quebrado de novo", disse o nadador, reforçando que esse tipo de planejamento deve ser revisto na preparação do Rio para receber a Olimpíada de 2016. "Não pode ser só uma competição e acabou. Temos de ter uma estrutura para depois termos mais competições aqui. Eu acho que investimento tem de ser feito a longo prazo, é um trabalho de anos."
Apesar desse cenário, César Cielo revelou ter motivação e fôlego para disputar a Olimpíada de 2016, no Rio. "A nova geração que me desculpe, mas estarei lá", avisou o nadador de 22 anos. Num futuro mais próximo, ele volta a competir entre os dias 13 e 15 de novembro, quando acontece o Campeonato Paulista, em Santos. Depois, ainda neste ano encara o Torneio Open de Natação, de 17 a 20 de dezembro, em São Paulo.
Ele, no entanto, não promete grandes apresentações nestas duas competições. "Já penso na temporada do ano que vem", explicou César Cielo, que também garantiu não temer o aumento da concorrência nos 100 metros livre grandes campeões de outras provas, como o norte-americano Michael Phelps, já manifestaram desejo de desafiar o brasileiro na distância.
"Prova de velocidade é outra história, não é por causa de uma boa parcial de revezamento que o cara achará que ganhará a prova. Eles focando nos 100 m vão estar comprometendo as outras provas", opinou.
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