No pôster de divulgação, elas estão em destaque, algo incomum no mundo da luta. Loiras, bonitas e delicadas, as americanas Miesha Tate e Ronda Rousey não preenchem as características mais comuns de atletas de MMA (artes marciais mistas), cuja ênfase está nos músculos definidos. Mas é hoje, às 23 horas, no combate entre elas que o futuro das mulheres no esporte tem a chance de dar um salto. A luta principal do Strikeforce, nos Estados Unidos, tenta convencer o mundo que o MMA feminino não depende só de beleza para crescer.
Depois que a Zuffa empresa que comanda o Ultimate Fighting Championship (UFC) comprou o Strikeforce no início do ano passado, o futuro das mulheres no ringue ficou à deriva. Dana White, presidente do UFC, que sempre demonstrou insegurança quanto à capacidade de boas lutas protagonizadas por mulheres, ameaçou até acabar com a divisão feminina. Depois de repensar a ideia, as lutadoras terão mais algumas chances de provar que são um produto rentável.
"É uma grande oportunidade e acho que temos de fazê-la valer a pena. A última vez em que mulheres fizeram uma luta principal foi três anos atrás", argumenta Tate, 25 anos, citando o duelo de 2009 entre a curitibana Cris Cyborg que recentemente perdeu o cinturão da categoria pena por doping e a hoje estrela de cinema Gina Carrano. "É importante fazermos uma boa luta", completa Tate, que em cinco anos de carreira acumula 12 vitórias e duas derrotas, além do título da categoria galo (até 61 kg).
Currículo bem diferente tem Rousey, também de 25 anos. Judoca medalhista de bronze na Olimpíada de Pequim, a atleta começou no MMA no ano passado e contabiliza menos de três minutos dentro do ringue, com quatro vitórias.
Apesar da pouca experiência, é cotada como favorita nas casas de apostas. Muito por causa de seu estilo provocador. "É bom que quase ninguém conhece meu arsenal", diz a loira.
Justiça do Trabalho desafia STF e manda aplicativos contratarem trabalhadores
Parlamento da Coreia do Sul tem tumulto após votação contra lei marcial decretada pelo presidente
Correios adotam “medidas urgentes” para evitar “insolvência” após prejuízo recorde
Milei divulga ranking que mostra peso argentino como “melhor moeda do mundo” e real como a pior
Deixe sua opinião