Treino do Coritiba no CT da Graciosa: time precisou cortar pela metade a folha salarial para 2010| Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

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Jogo no Litoral exige operação especial da PM

A Polícia Militar prepara uma operação tripla para o clássico en­­tre Coritiba e Paraná, amanhã, em Paranaguá. Em jogos normais do Rio Branco no Gi­­gante do Itiberê são utilizados cerca de 60 policiais. O Pa­ra­­tiba terá cerca de 200 homens trabalhando na segurança.

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Coritiba

Volta ao Couto é confirmada para o dia 28

Oitenta e quatro dias de "exílio" e o torcedor do Coritiba já tem uma data para voltar ao Couto Pereira. No dia 28 de fevereiro, contra o Nacional, o Alviverde voltará a atuar no gramado do Alto da Glória, pondo fim a uma espera que dura desde dezembro. A informação pôde ser confirmada na tarde de ontem, quando o presidente em exercício do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Virgilio Val, acatou pedido coxa-branca para liberar o estádio.

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Tricolores

Ingressos

Os paranistas só poderão comprar ingressos para o clássico em Parana­­guá, no dia do jogo. As entradas esta­­rão à venda somente no Caranguejão, a partir das 10 h de amanhã. Os tricolores terão 900 bilhetes à dis­­posição, ao custo de R$ 50 e de R$ 25 (meia entrada).

Mudanças

O técnico Marcelo Oliveira terá des­­falques para enfrentar o Coxa. O ala-direito Murilo, que agravou um proble­­ma crônico no ombro esquerdo dian­­te do Operário, passará por cirurgia e está fora por 60 dias. O meia Guaru, que rompeu os ligamentos do joelho esquerdo com o Iraty, e o zagueiro Alessandro Lopes não jogam.

Dúvida

Com cansaço muscular, o ala-es­­querdo Pará é dúvida para o clássico. Assim, o japonês Yohei poderia ga­­nhar uma chance ou o lateral-direito Jefferson poderia jogar improvisado pela esquerda.

Edimar e Márcio Diogo, do Tricolor: falta de dinheiro é cada vez mais intensa na Vila Capanema

Além do aniversário de 20 anos da rivalidade, o clássico de amanhã entre Coritiba e Paraná marca o encontro de dois clubes de cofres vazios. Coincidência que não é por acaso. As quedas para a Segunda Divisão fizeram tudo mudar no Alto da Glória e na Vila Capanema.

O descenso do Coxa é mais recente, aconteceu no ano passado. Assim, o Alviverde ainda está aprendendo a lidar com a nova e dura realidade financeira. No início do ano, tomou a primeira e mais radical medida: diminuiu pela metade a folha salarial do futebol, agora de R$ 700 mil.

Com essa providência foi possível fechar as contas de cerca de R$ 1,4 milhão do primeiro mês de gestão do novo Conselho Ad­­minis­­trativo, eleito no fim de 2009. Con­­tribuíram bastante para isso a cota de televisão recebida pelo Para­­naense (R$ 650 mil) e o dinheiro da negociação de Pedro Ken.

"Tiramos leite de pedra. Todos foram sensíveis nos cortes, do funcionário mais humilde ao mais nobre", afirma Ernesto Pedroso, in­­tegrante do G9. A pergunta agora é se será assim nos demais meses do ano... "Não será fácil, mas vamos honrar nossos compromissos. Especialmente com a folha de pagamento", complementa Pe­­droso.

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No Tricolor, já são dois anos de Segundona e receitas cortadas. Para piorar, há ainda uma série de problemas de grana herdados de más administrações passadas. Acúmulo que chegou a gerar uma greve de jogadores no final da temporada anterior.

"Se nós não tivéssemos dívidas antigas para pagar, o trabalho seria muito diferente. Hoje, temos de nos preocupar com salários de jogadores que não foram pagos na última gestão, por exemplo", diz o atual presidente tricolor, Aquilino Romani, que revelou ainda estar pagando, em parcelas, vencimentos atrasados de alguns ex-atletas, entre eles os meias Rafinha, hoje no Coritiba, e Gedeon, que deixou a equipe após o Estadual do ano passado.

Para amenizar os efeitos do caixa em baixa, a tentativa passa por captar recursos das mais diversas maneiras. No Paraná, as atitudes vão desde o aumentar o quadro associativo e a quantidade de sócios-torcedores, até a venda de atletas. Um acréscimo de R$350 mil mensais no cofre paranista já seria considerado um alívio nas contas do clube.

"Não é um valor alto, mas que poderia fazer a diferença para nós neste momento", declara Romani. "Estamos sendo procurados por algumas pessoas que têm interesse em atletas nossos. Também temos terrenos ociosos que podemos alugar", completa o dirigente, que ape­­sar de pretender fechar um contrato de patrocínio mais vantajoso para a Série B, não vê perspectiva de um aumento substancial nas verbas.

Do outro lado do clássico, as saídas são as mesmas. Especialmente, o fortalecimento do plano de associação, fortemente abalado em virtude da queda traumática para a Série B. "É sem dúvida o nosso gran­­de projeto para este ano. Infe­­lizmente, nossa torcida ainda não se sensibilizou", declara Pedroso.

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Com a liberação do Couto Pereira pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o Coxa finalmente quer colocar o seu novo esquema de sócios na praça, antes mesmo do julgamento do recurso no tribunal relativo aos incidentes do jogo com o Flu­­minense.

"Temos um plano muito atraente que, além do torcedor ter o direito de assistir aos jogos do seu time do coração por um valor bem mais em conta do que na bilheteria, ainda poderá ser premiado de diversas maneiras", conta o dirigente.