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Buenos Aires – Se os argentinos estranhavam o fato de o compatriota Navarro Montoya não ser o camisa 1 do Atlético, era porque não conheciam Cléber. Depois das excelentes defesas na partida de quarta-feira contra o River Plate, a imprensa portenha o elegeu por unanimidade o melhor em campo. Do diário esportivo Olé ganhou até o Troféu Maradona, menção ao destaque da partida, mesmo sendo um goleiro.

"Cléber deixou muito claro porque Montoya é seu suplente. Seguro por cima e por baixo, foi intransponível", publicou o Olé justificando a nota 8, maior entre todos os que entraram em campo.

Em outra página o diário voltou a destacar o Mexerica: "Defendeu barbaramente e foi a figura do Paranaense em campo. Uma atuação para deixar Montoya tranqüilo esperando sua oportunidade do lado de fora", ironizou o repórter.

Cléber também levou nota 8 do La Nación e do Clarín, para o qual o goleiro foi decisivo principalmente no fim da partida. "Os arremates de Belluschi catapultaram Cléber como figura principal", escreveu o jornal.

No dia seguinte ele estava feliz pelo reconhecimento, mas, em vez de se vangloriar, se apressou a lembrar que todo o esforço no Monumental de Nuñez poderá ter sido em vão caso a equipe vá para a segunda partida contra os argentinos achando que já está classificada. "Nem esperava isso por parte da imprensa daqui", admitiu.

Fora os elogios a Cléber, pouco se comentou nos jornais de Buenos Aires sobre o restante do time atleticano. Dedicaram a maior parte do espaço para criticar o time da casa e, principalmente, o técnico Daniel Passarella pela escalação de apenas três titulares e o menosprezo ao torneio.

O Olé chegou a dizer que o Rubro-Negro "precisou de muito pouco para complicar o River". Em seguida descreveu o que seria esse pouco: "O bom pé do colombiano Ferreira e a explosão nos metros finais de Marcos Aurélio e Denis Marques. Também solidez defensiva, com centrais (Danilo e João Leonardo) que se revezaram para anular Farias e Falcão.

Considerada por alguns analistas portenhos inteligente e por outros defensivista demais, a estratégia de jogo usada na capital argentina não vai se repetir na partida de volta. Quem garantiu foi o próprio Cléber, brasileiro mais procurado para entrevistas depois da vitória. "No Brasil será outro time: vamos atacar um pouco mais. No Monumental fizemos um trabalho muito inteligente", declarou ao Olé.

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