O departamento jurídico do Paraná está estudando os contratos particulares entre o clube, assinados pelo presidente José Carlos de Miranda, e a Systema, que deram à empresa do agente Léo Rabelo 68% dos direitos econômicos do meia Thiago Neves – outros 32% são da empresa LA Sports. Caso alguma irregularidade seja encontrada, o Tricolor, clube pelo qual o atleta continua federado, pretende reaver judicialmente parte dos direitos financeiros sobre ele.

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"O caso está nas mãos dos advogados. Ainda não temos uma posição, mas há algumas cláusulas estranhas", disse Aurival Correia, primeiro vice-presidente e candidato único à sucessão presidencial, que informalmente já assumiu o comando do Paraná com a ausência de Miranda nos últimos dias por problemas de saúde.

Os contratos se caracterizam pela série de exigências feitas pela Systema. Por exemplo a necessidade de um seguro para o jogador, no valor de R$ 3 milhões, enquanto estivesse emprestado ao Vegalta Sendai, do Japão, ou o pagamento de uma multa de R$ 6 milhões caso qualquer uma das cláusulas seja descumprida pelo Paraná.

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Os últimos 20% que o Tricolor detinha sobre o jogador foram liberados no último dia 9 de julho. Foram 8% para a Systema, que já era proprietária de 60%, e 12% para a LA. O clube saldou assim dívidas de R$ 96 mil com a primeira empresa e R$ 135 mil com a segunda.

Na época Thiago ainda não havia explodido como um dos melhores do Brasileiro, mas havia acabado de se tornar titular do Fluminense, o que prometia valorização. Bastaria que mais tarde fosse vendido por R$ 1,15 milhão para que os 20% rendessem ao Paraná pelo menos os R$ 231 mil equivalentes às duas dívidas somadas.

O imbróglio pode barrar a renovação de Thiago com o Flu, clube para o qual está emprestado. Mesmo que seja levada à frente, outro problema deve aparecer: um contrato assinado pelo jogador com o Palmeiras, com validade a partir de 11 de janeiro. (NF)