Dois casos no esporte revoltaram a comunidade homossexual nesta semana. Um deles envolvendo o preconceito com um jogador que assumiu ser homossexual na Fran­­ça; o outro, envolvendo uma declaração infeliz de uma nadadora campeã olímpica.

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A recusa de um clube amador futebol francês em renovar o contrato de um jogador homossexual provocou a revolta de uma organização local, a Paris Foot Gay, que pediu para a Federação Francesa punir o time. A organização que defende os direitos de jogadores homossexuais afirmou que o FC Chooz deveria ser punido por "ajudar o mundo do futebol a perceber que a homofobia é tão ruim quanto o racismo e o anti-semitismo".

O jogador Yoann Lemaire vinha atuando pelo FC Chooz há 14 anos, mas o clube se recusou a renovar sua licença nesta temporada com a justificativa de evitar "problemas" entre o atleta e seus companheiros de time depois que alguns deles fizeram comentários homofóbicos em frente às câmeras de TV no ano passado. O ministro dos Es­­portes júnior da França, Rama Yade, também cobrou que me­­didas sejam tomadas contra o clube do leste da França.

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O outro caso polêmico en­­volveu a australiana Ste­­phanie Rice, dona de três medalhas de ouro olímpicas na natação. Chorando, ela fez um pedido de desculpas ontem pelo comentário homofóbico publicado por ela no Twitter no sábado. A australiana caiu em lágrimas durante uma entrevista coletiva, na qual se desculpou pelo "impensado e descuidado" co­­mentário. Rice, de 22 anos, fez o co­­men­­­­­tário depreciativo ("C... essas, seus gays") após a vitória no último minuto da Austrália sobre a África em uma partida de rúgbi disputada na cidade de Bloemfontein.

A nadadora, que estaria na­­morando Quade Cooper, da seleção de rúgbi australiana, deletou o comentário e se desculpou, dizendo que não quis ofender ninguém. O co­­men­­tário fez com que Rice perdesse um patrocínio da fabricante de automóveis de luxo Jaguar. "Eu aprendi muito nos últimos dias", disse, ontem. "Aprendi que devo pensar antes de falar e que algumas coisas que você diz pode significar mais para os outros do que para você".