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Duas horas de atraso, um palco montado às pressas, uma troca de gentilezas nunca antes vista em um arbitral de futebol, e uma sala cheirando a cola de sapateiro, que chegava a dar dor de cabeça. Sorte que a decisão sobre a fórmula do Campeonato Paranaense 2007 já havia ocorrido pela manhã, em uma reunião fechada entre todos os presidentes dos clubes participantes.

Basicamente, o novo modelo privou por dois objetivos: tentar dar um calendário maior aos clubes do interior e pela realização de clássicos – este ano, por exemplo não houve Atletibas.

Em 25 datas, a competição irá do dia 17 de janeiro a 6 de março e será dividida em quatro fases. Primeiro, em um turno, 16 clubes, todos contra todos. Depois, dois quadrangulares, de onde os dois primeiros de cada grupo formam duas semifinais (em cruzamento olímpico) para decidir os finalistas.

Quem tiver maior pontuação durante a competição terá vantagens nas fases finais. Na semi, o clube terá o segundo mando de campo e se classificará em caso de igualdade de pontos e saldo dos dois jogos. Na final, só o mando da segunda partida – no caso da igualdade, prorrogação e pênaltis.

Por sorteio, o mando dos clássicos da primeira fase, mesmo ainda sem data, ficou assim: Atletiba na Arena, Paratiba no Couto, e Paraná e Atlético na Vila. Outras resoluções, que poderiam dar pano para manga, como a capacidade mínima dos estádios para a final, foram proteladas para o arbitral financeiro, dia 23 de novembro.

Como a reunião de ontem foi transmitida ao vivo pela tevê da Federação Paranaense de Futebol, apenas via internet (www. fpftv.com.br), notadamente a maior preocupação do presidente da entidade era passar uma boa impressão aos seus, teoricamente, 1.800 internautas inscritos para a transmissão.

Por isso se explica todo o caos inicial. O atraso ocorreu para colocação do logo na sala, com os símbolos dos clubes. O cheiro de cola pois o carpete imitando um gramado também tinha sido recém posto e havia uma correria para ver se tudo daria uma boa impressão na net – afinal, é por esse sistema que a FPF e os clubes pretendem realizar a transmissão das partidas da competição, cobrando como se fosse um pay-per-view.

E assistido pelo "mundo inteiro" e ainda comparado a Tarcísio Meira por José Carlos de Miranda, presidente do Paraná, Onaireves Moura se sentiu na obrigação de colocar ordem na casa. Primeiro deu um pito nos dirigentes para que desligassem os celulares, pois o barulho estava afetando a transmissão. Depois, avisou energicamente que irá interditar estádios que estejam com os gramados irregulares. Aí, definitivamente, o Pinheirão estaria aposentado do futebol.

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