Com seus clubes suspensos pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) em função de dívidas com a Federação Paranaense de Futebol (FPF) pagas com cheques sem fundos, dirigentes de quatro equipes da Divisão de Acesso correm para regularizar a situação. Ontem, Operário e Portuguesa Londrinense saldaram suas dívidas, de R$ 2,5 mil e R$ 2,1 mil, respectivamente. Cambé e Iguaçu têm até as 15 horas de hoje para fazer o mesmo e participar da rodada no fim de semana. Segundo seus presidentes, o dinheiro será entregue antes do prazo.

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Os dirigentes se queixaram da atitude tomada pela entidade. "Foi ridículo. Faz dez anos que participamos de todas as competições da Federação, em todas as categorias, pela primeira vez ficamos devendo e acontece isso", disse o coordenador geral da Portuguesa Londrinense, Amarildo Vieira, que acusa a FPF de perseguição. "Eles fizeram isso contra a Lusinha porque sempre fomos abertamente contra o (Onaireves) Moura na presidência", afirmou.

Segundo o dirigente, a dívida ocorreu porque a FPF depositou um cheque pré-datado antes da data. "Eu gasto mais de R$ 40 mil com folha de pagamento todo mês, sempre pagando em dia. Você acha que eu ficaria devendo pouco mais de R$ 2 mil?", disse.

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O presidente do Iguaçu, Odenir Borges, também não gostou da cobrança. "Foi uma forma de pressão para pagar, mas não é a correta. Fiquei chateado", afirmou. O clube de União da Vitória pagou as taxas para registrar os jogadores com um cheque sem fundos de terceiros, no valor de R$ 3 mil. Borges alega que nem foi notificado da suspensão da sua equipe. "Recebi apenas um fax ontem, mas da tesouraria, para quitar a dívida", afirmou o dirigente.

O presidente do Cambé, Marcelo Caldarelli, foi mais contido. "A cobrança tinha de ser feita, mas foi um pouco pesada", disse. Segundo o dirigente, que assumiu o time há dois meses, a dívida do clube com a federação chega a aproximadamente R$ 8 mil. "A Federação também tem de se manter, através das taxas. Quando a gente deve, tem de pagar".

O presidente do Operário, Sílvio Cosmoski, e da FPF, Onaireves Moura, foram procurados pela Gazeta do Povo para falar a respeito do caso, mas não foram encontrados.