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O ex-velocista australiano Peter Norman morreu ontem, aos 64 anos, vítima de um ataque cardíaco fulminante. Ele foi medalha de prata nos 200 metros rasos na Olimpíada de 1968, na Cidade do México, mas não foi seu desempenho na pista que o tornou famoso.

Ao subir ao pódio ao lado dos norte-americano Tommie Smith, medalha de ouro, e John Carlos, bronze, Norman se tornou coadjuvante de uma das imagens mais famosas da história dos Jogos Olímpicos.

Smith e Carlos, membros do grupo Panteras Negras, protestaram contra o racismo nos Estados Unidos vestidos com luvas negras e meias nos pés. Na hora do hino norte-americano, baixaram a cabeça.

Norman também participou do protesto, vestindo um distintivo em favor dos direitos humanos presenteado pelos norte-americanos. "Fiquei feliz por me identificar a eles e aos princípios que eles defendiam", disse o australiano, que foi multado pelos dirigentes de seu país pela atitude – Smith e Carlos foram expulsos da equipe olímpica e deixaram o México às pressas. "Eles sacrificaram suas vidas por causa do que acreditavam." Em 2005, os três voltaram a se encontrar num ato político nos Estados Unidos.

Mas Peter Norman também teve seus méritos como atleta. Foi pentacampeão australiano dos 200 metros rasos, entre 1966 e 1970 e seu tempo naquela final olímpica, 20s06, até hoje é o recorde nacional da distância.

"É um grande feito, pois já se passaram quase 40 anos. Peter era um atleta fantástico, e para quem a justiça social era muito importante", disse o presidente do Comitê Olímpico Australiano, ao anunciar a morte do ex-corredor.

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