COB considera os Jogos do Rio “um sucesso”

Rio – Esqueça os problemas com transporte, trânsito, desinformação de voluntários, poluição ou falta de público nas competições. Os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro foram um sucesso retumbante na avaliação do Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Tanto que o órgão já colocou o bloco na rua, iniciando a campanha para que a Olimpíada de 2016 seja disputada na Cidade Maravilhosa. O Brasil tem até 13 de setembro deste ano para confirmar oficialmente a candidatura.

"Depois de uma competição é fácil fazer qualquer avaliação negativa. Mas nós não nos arrependemos de nada. Repetiríamos tudo outra vez, pois foi um sucesso", afirmou Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB, ontem pela manhã, durante entrevista coletiva para avaliar a organização do evento carioca. "Quebramos vários paradigmas. O Pan ficará na história do esporte brasileiro. E pela visão da Odepa (Organização Desportiva Pan-Americana) e do COI (Comitê Olímpico Internacional), nos credencia a sediar os Jogos Olímpicos", acrescentou o dirigente.

Na verdade, o COB trabalha a candidatura verde-e-amarela há quase um ano sem alarde. "Não queríamos desviar o foco dos Jogos Pan-Americanos", explicou Nuzman. Uma série de medidas já foram tomadas. Em relação às instalações esportivas, o edital de privatização da Arena Olímpica, palco da ginástica e do basquete, em Jacarepaguá, e do Estádio João Havelange, no Engenho de Dentro, já foram emitidos pela prefeitura do Rio. Botafogo, Flamengo e Fluminense manifestaram interesse em administrar o Engenhão. "Só que nos editais consta que os complexos ficarão à disposição do COI no caso da Olimpíada ser confirmada no país", disse o cartola.

Paralelamente, o COB mantém conversas adiantadas com um pool de empresários, interessados em investir no projeto olímpico carioca. "Eles estiveram aqui visitando as instalações durante o Pan. Mas por enquanto não podemos adiantar mais nada. No momento certo vocês irão saber", afirmou o manda-chuva, mantendo o tom de mistério que até o momento caracteriza a empreitada nacional.

O dirigente usou ainda as estatísticas emitidas pelo Comitê Organizador do Rio-2007 (Co-Rio) para responder a questões sobre falhas na venda de ingressos, segurança e trabalho dos voluntários. "Tivemos somente 0,3% de reclamação. Não existe perfeição, mas esse dado mostra a qualidade do serviço que oferecemos."