Córdoba - Além da conquista de duas Copas do Mundo contando com a ajuda de uma mãozinha a da ditadura, em 1978, e a de "Dios", em 1986 o futebol argentino tem outras particularidades interessantes. É o caso dos apelidos (ou apodo, em castelhano). É boleiro? Atua em território albiceleste? Tem codinome.
Não há uma explicação para tamanha intimidade. Nem uma origem. Sabe-se, apenas, que já tempos funciona assim. Basta lembrar, por exemplo, da lenda de River Plate e Real Madrid, Alfredo Di Stefano, também conhecido como La Flecha Rubia (a Flecha Loira), ainda na década de 50. Ou o artilheiro do Mundial em 78, Mario Kempes, consagrado como El Matador. E, claro, Diego Maradona, El Pibe de Oro (algo como "o garoto de ouro").
Nos casos acima, os feitos no gramado indicaram as alcunhas. Mas, na maioria, o apelido remonta às lembranças da infância. No escrete hermano da Copa América, há o goleiro Sergio Romero (Chiquito), o defensor e capitão Zanetti (Pupi), o volante Cambiasso (Cuchu) e o atacante Lionel Messi (Pulga).
A mania dos codinomes também rola no Brasil. Eles são, geralmente, do primeiro tipo e comumente reservados aos craques. Garrincha marcou como o "Anjo das Pernas Tortas", "A Alegria do Povo" ou só Mané. Ronaldo era o Fenômeno. Zico, o Galinho de Quintino. E Pelé, simplesmente Rei.
Dos atuais titulares de Mano Menezes não temos nada disso pelo menos nada que escape dos muros da concentração, pois, lá dentro, entre eles, a sacanagem come solta. Ou não tínhamos. Com um portunhol la garantia soy yo e uma dose de criatividade podemos criar vulgos no melhor (ou pior) estilo argentino.
O goleiro Júlio César e marido da Susana Werner pode ser chamado de El Queixada, por motivos estéticos. Dani Alves é o Calentador (aquecedor) Humano, considerando a notável capacidade do lateral-direito de não sentir frio demonstrada em Los Cardales. Na zaga temos Thiago La Beiça Silva e Lúcio, El Roceiro. O lateral-esquerdo que divide o empresário com o treinador do Brasil ficaria bem de André Lo Fútbol és uma Bención Santos.
Na meia-cancha, Ramires, El Queniano, é um dos volantes. O outro, Lucas, forjado no Grêmio com Mano, é El Amigo del Jefe. Paulo Henrique tem um ótimo apelido, então mantemos El Ganso.
Mais perto do gol, Pato é igualmente legal, mas, diante do novo affair do milanês, El Genro del Berlusca encaixa. Robinho só tem despertado a atenção pela nova moda capilar, então vamos no óbvio El Topetón. E, para fechar, Neymar, El Moicano Marrento fica de bom tamanho.
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