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Quando alguém perde a vergonha e passa a encarar o insucesso com deboche, indiferença e sem avermelhar a cara, nasce a suprema vergonha. É o estágio mais alto da ausência dos sentimentos. É jogar no lixo a dignidade.

A começar pela falta de respeito à história e à vida de uma instituição que nasceu gigante, como diz o hino do Paraná, e se apequenou pela acumulação de erros voluntários.

Ninguém tem o direito de ignorar a realidade denunciada nesta coluna inúmeras vezes. Dirigentes irresponsáveis e desalmados, ao longo dos anos, contraíram dívidas e não souberam como pagá-las, fazendo o Tricolor cair em desonra.

Contas bancárias fechadas como punição ao clube, ações trabalhistas ajuizadas às pencas e, com certeza, aproveitando-se do caos, muitos forraram os bolsos com o dinheiro desviado da nobre missão de divertir e fazer alegres os torcedores.

Como os pobres que para chegar ao estádio e comprar um ingresso deixaram de comer o pão nosso de cada dia. E expostos ao sol, à chuva e ao futebol ridículo de um time montado de forma subserviente.

Interesses de terceiros

Claro, os interesses de terceiros se sobrepuseram aos objetivos do clube para atender aos picaretas que rondam os estádios à cata de jogadores para amealhar fortunas graças ao talento alheio. Figuras repugnantes que infestam o mundo do futebol sem medo, pois reinam com liberdade e cumplicidade de dirigentes omissos e mal intencionados. Até um pedaço do grande patrimônio do Paraná foi vendido para saldar dívidas geradas pela incúria e pela incapacidade.

Por isso, não tenho simpatia pela timemania, uma loteria para salvar a vida de caloteiros e usurpadores do dinheiro furtado do povo brasileiro.

Realidade à mostra

A realidade do Paraná está exposta, os intestinos do clube estão à mostra e os geradores de tanta desgraça estão em casa acolhidos pelos erros danosos que resultaram em lucros desonestos.

Lamentável que as pessoas tenham perdido a vergonha. Fazem o que querem, erram dolosamente e transitam como se nada esteja acontecendo.

Criminosos do colarinho branco com uma tarja negra simbolizando o funeral da ética e da honestidade. Até quando seremos compelidos a suportar tamanha humilhação?

Reação imediata

É preciso reagir. Desprezar os desonestos, não sem antes fazer valer a justiça imposta pelas leis e vê-los pagando pelas leviandades e pelos atos desonestos que praticaram.

É necessário dizer não à acomodação, reagir às imoralidades e não renunciar jamais ao direito sagrado de exigirmos seriedade e respeito aos que são íntegros e fazem da pureza moral uma muralha contra os ofensores das boas regras de convivência.

Repetindo Balzac: "o poder moral é como o pensamento, não tem limites".

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