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O Paraná esteve para fechar o ano com um prejuízo de R$ 2 milhões. Findo o campeonato nacional e classificado entre os cinco melhores, obteve várias glórias, a mais importante, chegar a Libertadores. Feito até hoje festejado intensamente e por justos motivos. A consagração pública também representa ônus. Concretamente, esquecida a euforia dos bons frutos já colhidos, a responsabilidade do Tricolor é ainda maior. A torcida fica cada vez mais exigente, a grande mídia não perdoa os fracassados e os planos desafiadores do futuro adicionam preocupações crescentes. A advertência é necessária. Depois de nadar em mar aberto o Tricolor não pode morrer na praia. O desempenho decepcionante na Copa Sul-Americana não deve ser arquivado sumariamente; deve servir de lição para o que vem pela frente.

E a Libertadores é mais difícil e muito mais lucrativa. Nada igual tecnicamente e do ponto de vista financeiro. O rombo nas finanças está coberto. Vários jogadores foram vendidos. A conta bancária não está abarrotada, foi aliviada. É hora de pensar, seriamente, na reposição. Formar um time com a mesma eficiência do que está sendo desmanchado não é tarefa fácil. Os jogadores que forem procurados ou oferecidos sabem que virão para um clube de ponta e vão querer receber bons salários. O Paraná tem que se adequar a uma realidade não vivida antes. Não estou recomendando "loucuras", mas é importante abandonar a timidez para aproveitar os novos horizontes. A oportunidade é rara e preciosa.

Rádio Transamérica

Há cinco anos foi formada em Curitiba uma nova equipe de esportes. A proposta: linguagem extrovertida, com humor e permanente interação com os ouvintes.

Reconheço que quando fui convidado (encabeçando a lista de possíveis contratados) fiquei com receio. Meu estilo sempre foi sóbrio e como diretor de equipe não permiti "brincadeiras" que pudessem colocar em risco a seriedade.

Os tempos mudaram e os costumes também. É possível fazer humor sem perder a seriedade nos comentários e informações. A credibilidade é essencial. Hoje, a Transamérica é um sucesso de audiência no futebol. Incorporou um público novo, composto de jovens e mulheres, sem perder a preferência dos mais conservadores.

A receita deu tão certo que a ADVB premiou a Rádio Transamérica com o Troféu Top de Marketing de 2006. Reconhecimento público ao trabalho de uma equipe competente, identificada com o bom humor, sem perder a seriedade. Parabéns Luiz Guilherme Cavalcanti de Albuquerque e Rogério Afonso, "os pais da idéia audaciosa" no novo rádio FM do Paraná.

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