A imprensa investigativa é fundamental para o exercício da democracia. Buscar a verdade é ato de coragem, merecedor de gratidão
Entender o papel social dos meios de comunicação é missão para gente com maturidade, distanciamento crítico, que sabe separar a verdade da mentira, a invenção da realidade dos fatos. Quem não estiver preparado para ler e ouvir fatos verdadeiros não pode formar juízo de valor sobre o que representa a verdadeira e deliciosa tarefa de ler, ouvir, compreender e ter argumentos lógicos e legítimos para contestar análise ou informação que cause desgosto a quem se sente ofendido.
A imprensa investigativa é fundamental para o exercício da democracia. Buscar a verdade é ato de coragem, merecedor de gratidão.
Dois episódios recentíssimos, denunciados por esta Gazeta do Povo, foram desvendados pelo exercício livre da investigação séria, comprometida com os princípios da moralidade, da ética e da responsabilidade: os escândalos da Assembleia Legislativa e da Câmara de Vereadores de Curitiba. Se os nossos colegas não tivessem coragem para buscar a verdade dos fatos, é provável que tudo continuasse sendo praticado com naturalidade, permitindo o escoamento do dinheiro público pelo esgoto.
Este trabalho foi tão importante que as suas consequências estão nos anais da última eleição para a renovação da Câmara Municipal. O presidente corrupto foi eliminado pelos meios legais. Vereadores envolvidos no labirinto da corrupção não foram reeleitos, por obra da consciência dos eleitores que pronunciaram no silêncio das urnas um majestoso não aos aproveitadores das facilidades que criaram para roubar dinheiro e ao mesmo tempo a esperança do povo.
Contundente a resposta dos eleitores pelo elevado número de votos brancos, nulos e a estrondosa abstenção registrada no último pleito eleitoral. Demonstração da insatisfação de nossa gente.
No futebol as coisas não são diferentes. Vale tudo pela vitória. Corromper árbitros, jogadores adversários e até contemplar com mimos os que se prestam ao papel imoral de proteger contumazes artífices dos deslizes dos patrocinadores da malandragem. Quem fala a verdade, cita fatos verdadeiros contestando com a razoabilidade de bons argumentos, mas são tratados como inimigos mortais.
Morte sentida
Há pouco morreram figuras ímpares do esporte paranaense: Lauro Rêgo Barros, Machado Neto, Nilo Biazetto, Osmar de Queiroz e outros estimados amigos. Ontem foi a vez de Ítalo Conti, como Lauro e Nilo, atleticano de coração. Gente que se não fosse por razões que rotularam o caráter de cada um deixa um vazio para uma conversa agradável entre bons e fraternos amigos.
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