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Nenhuma surpresa no clássico de ontem. Vitória mais do que normal do novo líder do primeiro turno. A decisão será em Londrina no próximo domingo sem favorito prévio. Os confrontantes finais merecem o direito de decidir o primeiro turno. Não há vantagem que possa qualificar um dos dois como provável vencedor desta etapa.

O segundo tempo da vitória coritibana deixou em estado de alerta a torcida alviverde. Quem mais investiu e reforçou o time não pode ser tão frágil como demonstrou ser, de forma indefensável, o Alviverde. Afinal o Coritiba enfrentou um Atlético que se transformou, por culpa e omissão da diretoria rubro-negra, em triste caixa de pancadas neste campeonato estadual.

Não estou dizendo novidade. Sempre condenei a onipotência do presidente do clube da Baixada. Agora que tudo fica escancarado, até a torcida está revoltada com o presidente. O mais grave é a complacência de diretores e conselheiros. Ausentes, estão maculando a história de um grande clube.

O Atlético e seus seguidores não merecem tamanho descaso. Infelizmente, alguns atleticanos, desorientados pelo fracasso no futebol e equívocos administrativos, agem por presunção. Ignoram a realidade por motivos que o colunista não entende.

Do lado coritibano, continuo considerando-o favorito para ganhar o título estadual, mas ainda devendo à sua torcida. Sou dos que pensam que ganhar jogando mal é melhor do que brilhar e perder. Essa regrinha do futebol não pode virar rotina. Os riscos aumentam e as consequências irreparáveis.

Ter o Londrina como finalista desta fase é bom para o futebol paranaense, mesmo que o atual time não tenha identidade com a antiga Capital do Café. Londrina virou barriga de aluguel. Tomara que sirva para despertar a população, que em outros tempos viu o seu time ser consagrado como o Caçula Gigante ou o Tubarão.

Efeito retardado

Tão logo assumiu o comando da Prefeitura de Curitiba, Gustavo Fruet já tinha conhecimento que bombas de efeito retardado iriam fazer trepidar o seu governo. O colunista também tinha esta convicção. Não precisa ser gênio. É só ser guiado pelo bom senso, ter noção política e raciocinar com isenção, sem paixões.

Os custos das obras da Copa 2014 crescerão bastante. O problema todo é a pressa dos gestores anteriores da prefeitura para fazer espalhafato e campanha eleitoral em cima de obras caras e que foram mal dimensionadas, técnica e financeiramente. Dinheiro não é capim que brota sem ser plantado. Os culpados serão responsabilizados?

Dinheiro público precisa de cuidados especiais.

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