A vitória fácil do Coritiba, o empate do Cianorte e a derrota surpreendente do Atlético para o Arapongas mudaram os rumos do campeonato. O Rubro-Negro perdeu a expressiva vantagem que tinha sobre o Alviverde. Caiu de quatro pontos para um. Mas o Atlético ainda conserva a liderança isolada.
Um empate no clássico de quarta-feira no Durival Britto garante o primeiro lugar ao time que é mais regular no campeonato, mas, bastante frágil no jogo em que perdeu a invencibilidade no sábado.
O jogo será para duas torcidas, o que agrada ao colunista. Sempre fui contrário ao jogo de uma torcida só e graças à intervenção do Ministério Público, os coritibanos terão 999 lugares na Vila Capanema. A festa do futebol é para a torcida.
No lugar do encanto, malandragem
A fuga de Ricardo Teixeira para Miami é clara demonstração das dívidas que ele tem com o futebol brasileiro. Acusado de vários casos de corrupção explícita, o ainda presidente da CBF montou durante sua gestão uma gangue para meter a mão nos interesses mais legítimos do futebol do Brasil.
Deu emprego à filha, ao cunhado, ao tio e outros apadrinhados em postos de decisão. Todos fazendo o que sempre interessou ao turfista (Teixeira gosta mesmo é de corrida de cavalos) travestido de admirador do mais difundido esporte nacional. Sem medo de ser bem-sucedido, o trânsfuga está instalado em casa luxuosa em Miami para morar. E possui outra propriedade também de primeira para comandar os seus negócios dos Estados Unidos para o mundo dos espertos suspeitos.
Tirou o encanto
Ricardo Teixeira roubou o encanto do futebol do brasileiro. Transformou a bola em instrumento de negócios escusos e meio de enriquecimento duvidoso. Com medo de investigações que possam levar seu patrimônio à penhora judicial, tratou de se desfazer de imóveis para garantir o dinheiro resultante da venda. Com esta forma imoral de administrar o futebol do país, roubou do torcedor o encanto do jogo amado pela torcida.
Pesam sobre o presidente (ainda!) da CBF um jogo sujo de natureza política. Sustenta sua posição à custa de concessão de empréstimos ou doações às federações estaduais, antro de seus eleitores. Sua diretoria é composta por vassalos. Fazem o que o chefe da máfia manda, ou, não fazem nada, fecham os olhos para as irregularidades praticadas por Teixeira com a conivência da família empregada na entidade com remuneração generosa. A CBF tem um saldo bancário acima de R$ 230 milhões, dinheiro acumulado com jogadas mercantis mal-explicadas. A última condenação imposta pela Justiça a Ricardo Teixeira manda que ele pague mais de R$ 8 milhões à Coca Cola por rescisão unilateral de contrato comercial.
É este indivíduo que preside o Comitê Local da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Existe ambiente mais fértil para a desenfreada indústria da corrupção? Na Alemanha o presidente do país pediu demissão sumária ao ser acusado de empréstimo financeiro facilitado por autoridades da Saxônia. Infeliz do povo brasileiro, que sofre com a roubalheira que impera na vida nacional.
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