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O péssimo regulamento do Campeonato Paranaense foi escrito para todos os 15 clubes participantes. Logo, impossível dizer que o Atlético é o campeão estadual porque aproveitou as vantagens exageradas de um regulamento concebido de forma totalmente errada, injusta e protecionista.

O Atlético é o campeão porque venceu a fase de classificação, recebendo como bonificação dois pontos para acrescentar ao ativo conquistado na primeira etapa. Dois pontos que deram ao Rubro-Negro o direito de levantar a taça que leva o nome do jornalista Francisco Cunha Pereira Filho, um incentivador do clube e de todo futebol paranaense.

O Jotinha fez a melhor campanha que o campeão na fase final, somando 16 pontos contra 15 do Atlético e do Coritiba, os dois grandes beneficiados com o famigerado supermando. Como soube aproveitar os benefícios legais – dentro da ética e do respeito ao que estipulou a Federação Paranaense de Futebol –, ninguém tem o direito de questionar o triunfo atleticano, conquistado com dificuldade.

A Baixada testemunhou mais uma vitória do técnico Geninho, que, se já era amado pelos atleticanos, cresce mais um pouco na escala de carinho e afeto da grande massa que torce e vibra com o clube presidido por Marcos Malucelli. Este, uma figura tranquila, um dirigente amigo da paz sem abrir mão da autoridade inerente ao cargo. Um presidente vitorioso sem perder a humildade, qualidade das pessoas preparadas para saborear vitórias sem tripudiar sobre os adversários.

Em um campeonato tecnicamente fraco, que só valeu mesmo pelo Atletiba, resta a grata surpresa representada pelo J. Malucelli, administrado com seriedade e serenidade. Ser vice-campeão, à frente do Coritiba, tem um significado importante para uma equipe que soube ser capaz até o último jogo, quando goleou o Paraná, o maior fracassado da competição. O Jotinha vai à Copa do Brasil e à Série D do futebol brasileiro.

O Coritiba voltou a ser irregular. E com uma tênue possibilidade de emplacar o título do ano do centenário, terminou por ser grande decepção para a sua torcida, esta sim, vitoriosa pelo apoio não negado jamais ao clube.

Com um olho no padre e outro na missa – jogando no Couto e atento ao resultado da Arena –, foi muito mal e não conseguiu encerrar o certame com uma vitória.

A derrota maior foi da incompetência da Federação Paranaense de Futebol. Não soube organizar com equidade, equilíbrio e princípios igualitários um simples e modesto Campeonato Estadual.

Ao Atlético e sua vibrante torcida, parabéns pela nova e justa conquista.

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