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Antes de a bola rolar imaginei um bom jogo, equilibrado e difícil para o Coritiba. E desde os primeiros momentos do confronto deu para perceber que seria um choque de equipes interessadas na vitória. Muitas finalizações e grandes intervenções de Vanderlei e Jefferson. O Coritiba cresceu a partir de um meio-campo ativo e criando bastante. Léo Gago e Marcos Aurélio aproveitaram para finalizações de meia distância. Bill, infeliz, não mostrou utilidade, aparecendo em dois tímidos lances, facilmente neutralizados. O primeiro momento de emoção diferenciada foi aos 30 minutos com uma cabeçada de Émerson no cantinho esquerdo de Jefferson, que já estava batido. Renato, bem colocado, salvou em cima da linha. Outra chance preciosa do Coritiba foi perdida por Jonas aos 35 minutos, cabeceando para fora. Como o Coritiba era superior o gol estava maduro. E, aos 42 minutos, o zagueiro Émerson mandou-se para a área adversária e colheu de cabeça cruzamento perfeito de Tcheco. Justiça no placar, o Alviverde quebrou a onda de lances não aproveitados.

No tempo final, Marcelo Oliveira mostrou sua convicção na equipe escalada e sequer tirou Bill, figura pálida no primeiro tempo. Intuitivo, Marcelo pareceu estar seguro de que Bill chegaria à recuperação técnica. E não deu outra. Foi autor da jogada que resultou no pênalti do goleiro Jefferson e convertido por Marcos Aurélio. Mais 10 minutos e o mesmo Bill fez o terceiro gol, sepultando qualquer esperança do Botafogo. Catedrático no jogo, o Coritiba não se contentou. Em lance de raro brilho, Rafinha fez 4 a 0 em tabela com Marcos Aurélio. Um pouco mais à frente, Éverton Costa ganhou de dois zagueiros do Botafogo e de frente para Jefferson, com calma, consolidou a espetacular goleada de 5 a 0. Uma aula de futebol de qualidade superior. O Coritiba pagou a dívida com a torcida e calou sumariamente a boca dos profetas do apocalipse. Vitória de talento.

Paraná em crise

A derrota para o Americana desencadeou a crise que estava amadurecendo. Terminado o jogo, Roberto Fonseca deixou o campo acenando para a furiosa torcida com o gesto de adeus. Já não era necessário qualquer diretor anunciar a saída do técnico. Fonseca, com bom senso, antecipou sua decisão, depois de manter o Paraná durante 14 jogos no G4. Vida de técnico é assim mesmo.

Bravo, Antônio Lopes

Com a experiência acumulada com vitórias, honestidade profissional e conhecimento dos caminhos do futebol, o técnico que foi rejeitado por atleticanos que pensam saber mais que um profissional realizado e curtido pelo tempo consegue uma vitória decisiva para o Atlético contra o Flamengo. Antônio Lopes mexeu na equipe e na cabeça dos jogadores rubro-negros. Expressiva vitória.

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