Pela tradição histórica, pela conquista de cinco mundiais e outras vitórias em competições internacionais, o Brasil poderia ter o melhor certame do futebol mundial. Não é o que diz a Federação Internacional de História e Estatística do Futebol (IFFHS). O Campeonato Brasileiro está na quinta posição, atrás da Inglaterra, Itália, Argentina e Espanha.

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Não chega a ser uma grande novidade. Basta o leitor verificar com atenção a quantidade de jogadores pátrios que vão embora muito cedo, reforçando equipes de países de moedas fortes, bilheterias esgotadas, grande giro de dólares e euros. A Argentina, que está em terceiro lugar, valoriza mais do que o Brasil a transferência dos seus jogadores. Aqui, dificilmente um jogador é liberado pelo valor real da indenização prevista em contrato. Os valores estão muito abaixo e os clubes se submetem à necessidade de fazer dinheiro, especialmente os administrados de forma pouco convincente. Liberamos para países europeus verdadeiros meninos que poderiam formar a massa renovadora do futebol brasileiro.

O resultado técnico não poderia ser outro. Perdemos substância e ficamos observando com certo desalento a rotatividade de jogadores entre clubes brasileiros. Não há grandes contratações. Os clubes brasileiros se contentam em reciclar caras antigas.

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E o Paranaense?

Analisando o que vem pela frente aqui no Paraná o torcedor não pode esperar muita coisa. Quem mais contratou – por razões óbvias e de extrema necessidade – foi o Paraná Clube, que testará jogadores no Estadual para concluir se estará preparado para enfrentar o desafio de tentar, outra vez, voltar à Primeira Divisão. Esforço não faltou, apesar da escassez de dinheiro pelas bandas da Vila Capanema.

O Coritiba foi o nosso melhor representante no Brasileiro do ano passado. Está envolvido em dificuldades para renovar contratos. Dá um grande salto ao manter Keirrison, ao menos para o Estadual. O futuro depende de decisão judicial. É o melhor estruturado até agora e, claro, candidato sério ao título do Campeonato Paranaense.

O Atlético cresceu com Geninho e se não puder ser mais forte por falta de melhores jogadores, no mínimo, podemos esperar um time competitivo, dando continuidade ao trabalho de recuperação que realizou para permanecer na Primeira Divisão. Perdeu Alan Bahia e ganhou Lima, que ao se subordinar ao vínculo contratual de quatro meses, apenas, parece não acreditar muito no estágio técnico atual, como o Atlético também não confia muito no seu futebol.