Maior colecionador de títulos do futebol paranaense e destacado vencedor de competições nacionais, novamente o Coritiba frequenta o palco da fama. Pela primeira vez um clube paranaense vai decidir a Copa do Brasil. Pela frente o Vasco da Gama, depois de sofríveis resultados e em curva ascendente sob o comando de Ricardo Gomes. Um trunfo à parte, jogar em São Januário com a torcida "fungando" na nuca dos que estão em campo.
Não tenho razão alguma para duvidar da capacidade do Coritiba. Eram sessenta e quatro clubes no início da Copa. Restaram dois adversários, que se confrontam para conquistar o título do mais democrático evento do futebol brasileiro. O Coritiba tem se mostrado superior ao Vasco, mas não tenho o direito de apontá-lo como favorito. Seria temerário. O contrário é verdadeiro. Serão dois jogos de muito estudo, transpiração, inspiração e obstinação para chegar à Libertadores pelo caminho mais curto. Não duvido da capacidade do Coritiba ser campeão e torço por essa conquista. Mas não me atribuo o direito de considerar o Alviverde mais próximo da vitória final. Vasco e Coritiba vão se respeitar até o último minuto de jogo.
Que o título seja nosso não é só um desejo dos paranaenses. É uma realidade próxima dos nossos anseios. Um degrau acima de outras conquistas que já fizeram rolar lágrimas nas faces de paranaenses que se orgulham do que é possível fazer.
Riscos perigosos
Atlético e Coritiba perderam outra vez no Campeonato Brasileiro. Duas derrotas consecutivas (uma delas em casa) são preocupantes. O Coritiba jogou contra o Corinthians com um time reserva. Tomou um gol aos quatro minutos do primeiro tempo e aplicou um susto na torcida. Seria goleado? Foi só uma impressão. Os paulistas, superiores até os quinze minutos, logo foram controlados pelos coritibanos, mais organizados em campo e exercendo marcação acertada, mas pecando pela falta de poder ofensivo. Nos dois primeiros gols do jogo a arbitragem agiu equivocadamente. Toque de mão no gol do Corinthians e impedimento no empate do Coritiba. Menos mal que o Coritiba não tenha causado vergonha. Jogou com determinação e mostrou novidades promissoras: Djair, garoto que promete e Geraldo, incansável em todo jogo.
O Atlético outra vez foi criticado pela atuação complicada. Adilson Batista não foi poupado. Será o único culpado? Claro que não. Para o formato que quer impor à equipe atleticana precisa de jogadores que se ajustem ao projeto tático que gostaria de implantar ao time da Baixada.
Post scriptum
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