O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) deveria tomar uma decisão drástica: excluir o futebol da delegação nacional. A CBF não tem interesse nenhum no sucesso da seleção, sempre montada às pressas e sem cuidados mínimos. O futebol feminino brilha porque não tem estrelismo, tem gente interessada efetivamente no êxito da seleção e jogadoras com vergonha na cara.
No futebol masculino, o que mais importa é o lucro financeiro gerado pelos patrocinadores que tudo exigem e não estão nem aí para a boa representação brasileira nos jogos. Ronaldinho foi convocado por Ricardo Teixeira não jogava há quatro meses mal falava com Dunga. Esteve fora de todas as últimas convocações, gordo, fora de forma e com certeza sem apetite para atuar. Até o uniforme oficial do Brasil foi negado aos atletas.
Em campo, com quatro vitórias iniciais, o selecionado passou a falsa impressão de que estava bem armado e jogando um bom futebol. Ilusão plantada na cabeça dos brasileiros que gostam de time vitorioso, praticando um futebol vistoso com lances excêntricos (pela beleza plástica) e bem concluídos. Lances que se diferenciam da indigência técnica. Quando surge alguma coisa nova, é uma festa, para delírio geral.
Mas não é jogando na defesa, com um atacante isolado e um meio-de-campo limitado que o Brasil será feliz e espantosamente clássico como já aconteceu em outros anos.
Quantos jogos amistosos o time de Dunga fez para se preparar adequadamente para os Jogos Olímpicos? Não houve sequer um trabalho especial, capaz de selecionar jogadores qualificados para tentar o ouro olímpico. Estamos envergonhados, todos.
O futebol profissional é rentável, grandes verbas publicitárias são consumidas. O destino de tudo é a conta bancária da CBF, cada vez mais gorda. Os clubes, cada vez mais pobres, devem a Deus e ao mundo. A Deus porque agem com desonestidade, não só na gerência do dinheiro, também nas intenções e ações dolosas, com imoralidade de sobra.
Ao mundo, pelo volume de caloteiros que povoam os clubes Os resultados financeiros são bem-vindos, claro. Basta que sejam honestos, sem macular os bons princípios.
São tantos os vícios de origem que a gente fica a pensar se vale a pena ter preocupações com o futebol. Os torcedores se ausentam cada vez mais dos estádios.
O Maracanã, quando foi construído para Copa do Mundo de 1950, chegou a receber 200 mil torcedores. Hoje, com capacidade reduzida para 90 mil pessoas, não consegue ter platéias que ocupem todos os espaços. Os ausentes estão inconformados com a baixa qualidade do futebol, mas, também, com arbitragens imorais e dirigentes malandros. É o triste cenário do futebol brasileiro.
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