Quando foram anunciadas as escalações de Coritiba e Atlético, depois de muito mistério dos treinadores, imaginei que teríamos um clássico ofensivo.Todos fomos enganados. Pedro Oldoni e Rafael Moura; Keirrison e Ariel Nahuelpan foram bastante marcados e ainda tiveram que marcar a saída de bola. Foi um primeiro tempo pobre. Imaginei que Dorival Júnior e Geninho fizessem alterações no intervalo. Não aconteceu nada. O Atlético reiniciou o clássico com mais fome de gol. Em seis minutos criou quatro ótimas oportunidades. Fez 1 a 0 aos dez. Netinho, sempre ele, cruzou com precisão na cabeça de Chico, que finalizou com inteligência, e para sorte dele e do Atlético a bola encontrou Rafael Moura para completar e marcar. Geninho precipitou-se ao tirar Pedro Oldoni. Deu folga ao Coritiba, que passou a atacar mais com duas alterações feitas por Dorival Júnior. Alterações que deram resultado ofensivo. Aos vinte e um minutos Valência falhou, Marlos avançou e cruzou para o argentino Ariel marcar pela primeira vez no Coritiba. E foi só. Bom para o Atlético, nem tão bom para o Coritiba.

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Paraná sem complexo

Em 12º lugar na Série B, mas não muito distante da área do rebaixamento, o Paraná se mostra uma equipe que perdeu o complexo de inferioridade. Está jogando com confiança e desenvoltura. Está à frente de oito concorrentes e tem nove vitórias, o que é fator importante. Como o grupo de ameaçados é grande, a classificação pode mudar rapidamente . É uma gangorra. As duas últimas vitórias são tranqüilizadoras. Mistura de raça e capacidade técnica.

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Contra o Criciúma, o time perdeu o medo de finalizar. Dos três gols, dois foram de chutes distantes e o terceiro feito com muita competência técnica por Giuliano. Quando um time está acuado pela pressão, refém do medo e com complexo de inferioridade, tudo é motivo de receio. Tentar o gol de meia distância é um pavor, o que obriga a equipe a evoluir para perto da área, expondo-se à marcação do adversário. A equipe desinibida e confiante solta-se, vai à frente e não tem medo de ser feliz.

Da vitória contra o América-RN ao resultado positivo diante do Criciúma, o público cresceu no estádio. É a prova provada que o torcedor gosta mesmo é de resultados positivos. Ninguém suporta sucessão de derrotas.Uma perda choradaA jornalista e pesquisadora Zélia Sell promoveu no programa Nossa História, da Rádio Educativa, um debate sobre o desaparecimento da Rádio Clube Paranaense (B2). Foram depoimentos valiosos de Ubiratan Lustosa e Jair Brito (que trabalha em São Paulo), dois ex-diretores da emissora; deste colunista, que por muito anos dedicou seu trabalho à ex-grande rádio; do jornalista Luiz Witiuk; e das cantoras Ivonete Silveira Fritz e Zélia Marques, todos envolvidos com a história da B2. Opinião geral: foi um erro tirar do ar a programação produzida aqui. "Matar" a Rádio Clube é desconhecer a história e retirar dos paranaenses um patrimônio que muito serviu o Paraná. Não serve mais por incapacidade gestora.