O local dos jogos do Atlético em Curitiba pelo Campeonato Paranaense acabou criando um clima de beligerância verbal entre dirigentes do próprio Atlético, Coritiba e Paraná. Não entendo o motivo que levou o Rubro-Negro a procurar local para atuar. A Arena não está impossibilitada de abrigar jogos no período do Estadual.
O estádio está fechado e por absoluta falta de informações oficiais não se tem notícia sobre as razões imediatas que fizeram o presidente atleticano criar uma confusão desnecessária para a escolha do local para o mando de jogos do Atlético.
Tudo começou e continua de forma errada. Ao recorrer à Federação Paranaense de Futebol e não procurar prioritariamente a diretoria coritibana, o presidente do Atlético foi grosseiro com o rival.
Irritado, o corpo diretivo do Coritiba foi brigar pelos seus direitos no plano jurídico. Foi uma resposta eficiente ao ato da FPF, que requisitou o Couto Pereira mediante o pagamento irrisório de R$30 mil por jogo. Conseguiu uma liminar do Tribunal de Justiça Desportiva e colocou a Federação e o Atlético espremidos contra um paredão preparado para defender os seus interesses.
Foi quando o Paraná entrou no circuito procurado pelo presidente do Atlético. Não houve acordo e aí se instalou uma confusão desnecessária com a revelação pelos paranistas da conversa com o comando atleticano.
Todos conhecem os desdobramentos. O Atlético optou por jogar em Ponta Grossa, contrariou os direitos dos seus sócios e até agora não tem uma solução para o problema que criou, a partir do instante em que dormiu no ponto e deixou o tempo passar para se preocupar com o assunto poucas horas antes da estreia.
Oportunista, o presidente do Atlético disparou contra o Paraná, elogiou o Coritiba e procurou salvar a cara depois da crise instalada.
O Atlético não tem o direito de se julgar prejudicado. A confusão foi criada pelo jeito Petraglia de ser, tentando resolver o desconforto na marra, usando como escudo a frágil Federação Paranaense de Futebol.
Os clubes devem ser rivais fervorosos no campo de jogo, deixando um espaço necessário ao entendimento no relacionamento diplomático fora de campo.
Quando não há esse entendimento de alto nível os diretores se nivelam aos irracionais que ocupam as vias públicas para brigar, quebrar ônibus e destruir bens que servem à população.
Um bom exemplo de diplomacia no futebol é o Rio Grande do Sul. A rivalidade fica por conta das torcidas e das ações dos dirigentes em busca de melhores jogadores, melhores técnicos e posições qualificadas na disputa de competições das quais participam.
No plano político e social, são pessoas que se respeitam e engrandecem o esporte.
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