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Maiores as dificuldades, mais saborosas as conquistas. Na vida é assim. No futebol, onde são tantas as interferências nos resultados o sabor pelo êxito é muito maior. O Tricolor está consagrado como um dos cinco melhores do Campeonato Brasileiro. Ganhou vaga na Copa Libertadores. Não por acaso. Precisou lutar muito, venceu batalhas e finalmente a guerra. Empatou com o São Paulo. Alcançou o objetivo. Deu à sua torcida a maior alegria de sua curta e vitoriosa existência. Chegou ao ponto mais alto ao cair de uma tarde de muito sol, recebido pelo luar que inspira o romantismo dos apaixonados.

O Paraná Clube mostrou que com paixão, competência e determinação é possível superar obstáculos, e um de cada vez eles foram derrubados. Primeiro, venceu o Campeonato estadual, glória que já não conhecia há nove anos. Assumiu o desafio de ampliar e dar muito mais qualidade à Vila Capanema, devolvendo o charmoso estádio aos torcedores tricolores. Foi compelido, pelas circunstâncias, a provar com resultados que a marca de provável rebaixado foi um grave erro de avaliação dos analistas. Depois, os incrédulos, sempre eles, atribuíram a campanha do time dirigido por Caio Junior à sorte e somente a ela. Negaram até onde puderam a qualidade superior do Paraná Clube. Finalmente, foram obrigados a reconhecer os méritos de um time equilibrado e de um clube com planejamento tecido por gente habilidosa. Terminado o calendário de 2006, só resta aos incautos proclamar as virtudes e aplaudir o trabalho sob a liderança firme do presidente José Carlos de Miranda. Ao final do jogo de ontem, com os tricolores festejando as vitórias de 2006, Miranda não deixou por menos: "É isso que justifica a vida." E a vida do Paraná Clube justifica a paixão alimentada pelo amor dos seus seguidores.

Terceira via

Os espaços dedicados ao Coritiba pelos meios de comunicação são corretos. Não estamos falando de um clube inferior, de segunda classe e sem poder de agregar uma numerosa legião de torcedores. O Coritiba é grande e importante para o nosso estado. Logo, recebe a cobertura que é compatível com a história que representa. Quando escrevo sobre o Alviverde, lembro dos memoráveis títulos e da contribuição oferecida ao futebol paranaense. Uma história rica que não combina com atitudes mesquinhas e impróprias. Mas o que mais me causa espanto é o desaparecimento das grandes lideranças do clube. Na crise atual, não tive o prazer de ler ou ouvir o pronunciamento de alguém que represente uma liderança natural, conciliadora e que se coloque acima da situação e da oposição.

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