Parece tudo conspirar contra o Atlético e a administração Marcos Malucelli. Politicamente, os opositores de plantão impuseram uma campanha maldosa contra a atual diretoria, tudo por interesses contrariados. E o trabalho começou a ser minado nos intestinos do Rubro-Negro.
O futebol é a grande vítima. Nada dá certo. Uma sucessão de treinadores neste ano não permitiu que o Atlético encontrasse, sequer, um padrão de jogo. As contratações fracassaram. Santiago García foi trazido por R$ 7 milhões. Marcou dois gols, ou seja, cada bola na rede está custando R$ 3,5 milhões. Um resultado assustador e sofrido para um clube de futebol, não importa de onde seja.
Para complicar ainda mais a vida do jogador e do Atlético, a imprensa uruguaia está divulgando que Morro foi flagrado no exame antidoping em jogo pelo campeonato do país irmão. Os efeitos punitivos se restringem ao território do Uruguai, o que pode significar que o Atlético terá de buscar um caminho jurídico para se livrar do Morro em descida brusca no futebol e no conceito. Triste para o jogador, pela juventude de grande vitalidade. Ao mesmo tempo uma irresponsabilidade ou um vício cruel adquirido pelo atleta?
Madson foi embora. Paulo Rink também saiu. O jogador por indisciplina e o gerente de futebol por suposto desinteresse no exercício profissional. Reconheço que até hoje não consegui entender a contratação do ex-jogador. Suas atribuições nunca ficaram claras. Ou foi aproveitado de forma inadequada ou faltou interesse de Rink. Para agravar o problema, o ex-gerente preferiu participar de um torneio de pôquer em Florianópolis aos seus deveres no clube. Difícil de entender a atitude de Paulo Rink. Difícil de entender tantos equívocos.
Capítulo final
Com tanta conspiração, parece faltar a derradeira e fatal: o rebaixamento para a Série B.
O que já foi escrito tem tudo a ver com a vida interna do Atlético. O rebaixamento alcança a instituição inteira, aí incluída a torcida fiel e leal.
Os problemas políticos ressurgirão pela desgraça do rebaixamento, felizmente ainda não consumado. E pelas dificuldades que envolvem o preparo do Estádio Joaquim Américo para a Copa do Mundo.
O evento da Fifa, um caso à parte, conspira contra o Brasil inteiro, pelo tamanho dos investimentos financeiros, pela vergonha que o país terá de passar para atender às exigências da entidade suíça e a consequente mudança na legislação do país. Em suma, a nação acaba sucumbindo diante da interferência de um órgão privado nas coisas públicas brasileiras.
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