Parece que a Copa do Brasil estava mesmo atrapalhando o Coritiba. Eliminado, passou a centrar sua atenção no Campeonato Brasileiro e ontem mostrou seu poder contra o Flamengo massacrando o time carioca por 5 a 0. Goleada que não estava nas previsões de ninguém. Quem assistiu ao jogo entendeu de forma cristalina as razões do impiedoso placar. Antes do jogo, o técnico René Simões disse que mexeria pouco na equipe, tratando de substituir o que ele considera serem os três melhores jogadores da equipe: Marcelinho Paraíba, Carlinhos Paraíba e Márcio Gabriel.

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Esqueceu de citar entre os melhores o goleiro Vanderlei, o mais regular de todos os jogadores que o Coritiba tem. Com uma semana inteira para cuidar da equipe, o treinador do Coritiba teve tempo para escolher bem os jogadores que entraram. Renatinho fez uma partida de primeira, Heffner foi o autor intelectual do primeiro gol em jogada talentosa e Guaru não causou surpresa negativa.

Para ajudar, o Coritiba foi bem armado. Marcou com firmeza, mostrou muito jogo no meio de campo e, no ataque, finalmente apresentou um bom serviço. Jogou com velocidade, usou com eficiência os lados do campo e não deixou barato o marcador. Uma goleada e tanto contra o mais popular time brasileiro. Um festival de gols bonitos, de falhas do goleiro Bruno e uma atuação chocante de Adriano, que passa de Imperador a plebeu que não sabe o que fazer para desagradar mais os que um dia admiraram o seu futebol. Adriano ajuda o Flamengo a ser mais desorganizado e complacente com a indisciplina. Não gosta de treinar, está gordo. Marcado facilmente e sem combatividade é um péssimo exemplo para o futebol.

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A reabilitação do Coritiba veio em alto estilo, com um banho de bola em cima do Flamengo. O aviso da torcida – insatisfeita com o Coritiba no Brasileiro – deve ter influenciado o comportamento dos jogadores na goleada. Muita aplicação e determinação. O Coritiba encheu os olhos da torcida e reabilitou tecnicamente a equipe no ano do centenário.

A vitória espetacular esvaziou o movimento contestador que a torcida estava ensaiando. O Coritiba é só alegria.

Atlético em paz

Em dia de estreias – dentro e fora de campo –, o Atlético obteve a primeira vitória, jogando no Recife. Foi cauteloso, cuidou-se para não perder e foi feliz ao marcar com Rafael Santos de cabeça. A estreia de Paulo Baier foi discreta. Tem um mérito além do futebol que joga. É uma boa liderança em campo. Resultado motivador para o treinador Waldemar Lemos, que ganhou na esteira do impacto da estreia. O Atlético supera uma fase crítica com a vitória sobre o Sport e tem o direito de alimentar o objetivo de novas e imediatas vitórias.