Demorou, mas o Coritiba conseguiu um dos objetivos da fase de recuperação que se iniciou com Ney Franco. Parado na décima quinta posição, depois de amargar um bom tempo com colocação bem pior, inclusive na área de rebaixamento, o time do Alto da Glória superou o Vitória e trocou de lugar com o Atlético.

CARREGANDO :)

Até parece que os dois clubes paranaenses ficaram donos das classificações que ocupam. Faz tempo que estão ali. A diferença, agora, é que o Coritiba, ao vencer, subiu e o Atlético, que perdeu no sábado, passa a ocupar o lugar que o Coritiba parecia ter alugado e que ontem desocupou.

Tudo acontece pela combinação de resultados. O Rubro-Ne­gro, que experimentou melhores momentos com Antônio Lopes no comando, perdeu o clássico e foi infeliz contra o Avaí. Sucumbiu jogando muito mal. Pecou individual e coletivamente. Inclusive com Paulo Baier, sempre uma figura destacada. A nova derrota traz sérias preocupações ao Atlético. Cresceu e até imaginou que poderia mudar o objetivo final. Estabelecer como ponto de honra alcançar a Sul-Americana, o que ainda pode ser uma realidade, superando o Coritiba e mantendo o Botafogo à distância. O Botafogo derrotou o Inter­na­cional, grande vitória em Porto Alegre, bateu nos trinta e oito pontos e chegou na cola do Atlé­tico. São as emoções do campeonato por pontos corridos.

Publicidade

O Coritiba está festejando o passo à frente com o 1 a 0 imposto ao Vitória. Jogo difícil, pegado. Com dois goleiros em grande tarde no Couto Pereira. Viáfara e Vanderlei brilharam com vistosas defesas, o colombiano mais, porque o Coritiba jogou melhor, atacou com maior perigo. Pena que foi relaxado nas finalizações.

Vencedor, o Alviverde tem uma das melhores campanhas do returno deste campeonato, com um salto de qualidade depois da chegada de Ney Franco e João Carlos Vialle. Com os dois reforços de grande substância, o Coritiba passou a ser mais respeitado pelos adversários e admirado pelos torcedores.

Causa alívio ao colunista a vantagem que a dupla Atletiba acumula em relação aos quatro últimos colocados.

Já o Paraná dá um virtual adeus à mais remota possibilidade de chegar ao G4. Para compensar sepultou o receio de ser vítima de outro rebaixamento. Foi um time corajoso, com bom futebol, brilhante em alguns mo­­mentos e extremamente com­­­­­­­prometido com outro resultado interessante. Jogou o segundo tempo inteiro com dez. João Paulo foi expulso. Para compensar, o goleiro Zé Carlos fez uma partida espetacular, sem exagero. Defesas com elasticidade, re­­flexo, presença de espírito e talento singular. Foi um show que valorizou a nova batalha do ex-combalido Paraná. O ambiente é outro. Os paranistas já pensam em 2010.