Cada dia um novo escândalo, ou o desdobramento de ilicitudes praticadas já faz algum tempo. Para alguns brasileiros, falta vergonha na cara de pessoas que deveriam ser padrão de moralidade. Para outros observadores da cena pública, o que inexiste é a capacidade de indignação do povo, habituado a contemplar em silêncio o roubo sem fim. Seja a ótica que melhor se encaixar no perfil da vida do país, a verdade absoluta é que o nosso Brasil padece do mal sempre crescente, a ausência plena de respeito aos valores que muitos patriotas cultivaram durante anos, combatendo o lamentável espetáculo dos "descuidados" que avançam com voracidade no dinheiro público.
O futebol, que já foi a mais popular e barata diversão do povo da pátria amada, Brasil (!), é atualmente uma das portas de entrada de verdadeiros gângsteres que usam o esporte para amealhar dinheiro roubado escandalosamente.
A Copa do Mundo de 2014 será um vertedouro de corrupção. Será uma orgia de malandragem. Não interessa aos autores do gangsterismo que faltem honestidade, saúde, educação, estradas, segurança pública e tantas outras necessidades para o pobre povo brasileiro.
Milhões de reais foram enterrados no Pinheirão no curso de tantos ciclos de vida do futebol paranaense. Os maiores desvios morais ocorreram ao tempo de Onaireves Moura, figura desprezível. Agora a Federação Paranaense de Futebol quer vender o estádio. Se conseguir, poderemos apagar da paisagem curitibana uma das maiores safadezas já geradas na capital paranaense.
A Assembleia Legislativa e agora a Câmara de Vereadores de Curitiba são fontes de estonteantes atos da mais nauseante corrupção. Os eleitos para defender os interesses populares e fiscalizar honradamente obras públicas e iniciativas governamentais, em proveito da gente do Paraná e de Curitiba, são autores de bárbaros crimes contra a vida dos humildes, em especial. O que falta: vergonha na cara dos políticos ou indignação da população? Nos dois casos existe a assimilação de que a corrupção faz parte da vida brasileira. Com a maior naturalidade.
Em menos de oito meses do governo Dilma os escândalos se multiplicam com velocidade. Ontem mais um ministro caiu, desta vez o da agricultura. A extinção da imoralidade só será possível quando surgirem lideranças comprometidas, com propósitos elevados, para limpar as gavetas oficiais que escondem degradantes projetos de roubar o dinheiro público e maltratar nossa plateia de acomodados em todos os cantos dos mais de 8 milhões de quilômetros quadrados do território brasileiro.
Deus Pai, livrai-nos desses delinquentes da vida pública.