Não estou assustado com o insucesso do Brasil contra a seleção do México. O time escalado por Mano Menezes está mirando os Jogos Olímpicos, em busca do primeiro ouro no futebol. A equipe é bastante jovem e sem maturidade suficiente para enfrentar adversários dotados de mais malícia e qualidade conjugadas com experiência.

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O Brasil tem atletas qualificados, mas ainda carentes de virtudes só adquiridas através do tempo de trabalho. A irritação de Neymar com a marcação implacável é caso exemplar. No Santos, o jovem craque é uma espécie de dono da equipe. Faz o que quer com a bola e é temido pelos adversários das competições nacionais, inclusive por respeito ao indiscutível talento que exibe. No jogo de ontem os brasileiros foram vigiados de perto.

Leandro Damião foi discreto, Oscar idem e Alexandre Pato entrou mal. São bons jogadores, eles e outros. Falta uma atividade mais frequente contra adversários categorizados. Derrotamos a Dinamarca e os EUA. O próximo teste será contra a Argentina, catimbeira como sabemos, dotada de jogadores mais maduros e premiada pela felicidade de possuir o melhor futebolista do mundo, Lionel Messi.

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Também é sabido que o Brasil não tem mais o melhor futebol do planeta, o que é mais preocupante do que a lentidão das obras para a Copa de 2014. Causa horror imaginar que o país do futebol não ganhe o título e repita o fracasso de 1950, quando pela primeira vez sediamos um mundial de seleções.

O preparo da equipe de Mano Menezes para a Olimpíada de Londres está defasado. Mano perdeu algum tempo ao não priorizar mais cedo o time olímpico. Como a qualidade dos jogadores com idade olímpica – máxima de 23 anos – é boa, a tendência é crescer.

Sinal Vermelho

Para o Paraná. Fez um bom jogo contra o Bragantino, esteve em três momentos à frente do placar e permitiu que o adversário chegasse ao empate. O descompasso da defesa é responsável por falhas incríveis.

A luz de alerta coloca o Tricolor entre os quatro clubes na tropa de rebaixados. É cedo, dirão alguns. O campeonato é de pontos acumulados e aí está o perigo de não ter tempo de se recuperar. Resolver problemas agora significa tranquilidade para os jogos futuros.

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Copa do Brasil

O leitor, amigo e comentarista por muitos anos das principais emissoras de rádio de Curitiba, Marcus Aurélio de Castro, remete ao colunista algumas curiosidades da Copa do Brasil. Da primeira fase participaram 22 equipes que não disputam nenhuma das séries do Campeonato Brasileiro; o maior grupo veio da Série A com 13 clubes. Dos 32 clubes eliminados na primeira fase, 11 só fizeram um jogo.

Os clubes sem participação em qualquer série do Brasileiro não passaram das duas primeiras fases. As semifinais serão disputadas por dois paulistas (São Paulo e Palmeiras), um paranaense (Coritiba) e um gaúcho (Grêmio).

O Coritiba eliminou uma equipe "sem série", dois times da Série B e um clube da Série C. Em oito jogos o Alviverde venceu cinco, empatou duas vezes e foi derrotado em um jogo.

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