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Não é nada agradável a situação do Atlético. O time de futebol é ruim. A posição na classificação do campeonato é péssima. Em média – neste ano – um treinador a cada trinta dias. Jo­­gadores de baixa qualidade contratados equivocadamente. Uma romaria para trazer um substituto para Adilson Batista. A escolha – por exclusão – recaiu em Renato Gaúcho, um instável como pessoa e técnico de futebol.

Apresenta-se hoje e logo vai pedir mais reforços para melhorar a equipe. Renato tem vários defeitos, mas bobo não é. As­­sinou um contrato milionário com um Atlético desesperado, disposto a pagar ao novo contratado o que nenhum outro técnico recebeu na história do futebol paranaense.

Se tirar o Rubro-Negro da bacia das almas terá valido o sacrifício. Caso contrário não será responsabilizado pela desgraça maior, o rebaixamento. Quem assume um time como o Atlético de hoje conhece todos os riscos futuros. Aproveitando-se do terremoto técnico da equipe, Renato Gaúcho incluiu no preço o desgaste que lhe será causado caso as coisas não melhorem substancialmente.

O clube presidido por Marcos Malucelli, que já tinha perdido todos os dirigentes do futebol, agora enfrenta mais duas defecções, com a demissão de seus vice-presidentes mais influentes. Não é exagero dizer que o presidente está sendo abandonado.

Escolheu mal os seus auxiliares, incapazes de resistir as turbulências políticas e administrativas do clube. A falta de solidariedade é de clareza meridiana. Para complicar a vida do Atlético, além da provável Copa do Mundo na Baixada, as providências para habilitar o estádio para sediar jogos e a imposição de exigências absurdas da Fifa, existe outro tempero neste angu maltemperado: as eleições no fim do ano. A oposição já tem candidato, estridente como sempre. O candidato provável da situação abandonou o barco, deixando o clube na hora mais crucial dos últimos anos do Atlético.

Marcos Malucelli não merece tamanho calvário, apesar da infelicidade da gestão que conduz desde o momento em que assumiu o clube, com o seu trabalho sendo constantemente minado pelo ex-presidente, finalmente sem função alguma nos negócios referentes à Copa do Mundo, assunto que sempre seduziu Mario Petraglia, hoje um desafeto implacável de Marcos Malucelli. É uma trágica fase do Rubro-Negro.

Coritiba

Hoje um novo desafio para o Coritiba. Uma vitória contra o Figueirense infla os pulmões do campeão paranaense, permitindo um salto importante na classificação. A reabilitação conseguida contra o Ceará já mostrou um time diferente na forma e no ânimo.

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